Os líderes das centrais sindicais pretendem se reunir com a presidenta
Dilma Rousseff o mais rápido possível para que possam ter um posicionamento do
governo federal em torno da pauta de reivindicações que inclui, entre outros
pleitos, a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais e o fim do
fator previdenciário. A intenção é a de que a audiência ocorra até o fim
deste mês, segundo declarou hoje (15) Sérgio Nobre, secretário-geral da Central
Única dos Trabalhadores (CUT), logo após o encontro de cerca de três horas dos
líderes trabalhistas, ocorrido na sede regional da entidade , no bairro do
Brás, região central de São Paulo.
mariela guimarães
Dilma Rousseff vai receber os representantes do movimento sindical para negociar as propostas
”Queremos uma avaliação da pauta que está nas mãos dela”, disse Nobre.
Ele informou que no primeiro encontro do ano dos líderes das centrais houve
consenso de que é necessária a união desse segmento para obter avanços,
independentemente dos apoios político-partidários neste ano de eleições
presidenciais e de escolha de governadores de estado. “Com divisão, não se vai
a lugar nenhum”, alertou. Na reunião também foi definido um calendário de lutas
que prevê para o próximo mês de abril uma grande mobilização das várias
categorias de trabalhadores. Além da questão da redução da jornada de trabalho
para 40 horas semanais, do fim do fator previdenciário e da luta contra o
projeto de lei que prevê a ampliação da terceirização no país, o secretário da
CUT acha fundamental estabelecer um novo modelo de negociações salariais para
os servidores públicos. “Não é razoável não termos um
modelo como o estabelecido na Convenção 151 da OIT [Organização Internacional
do Trabalho]”, acrescentou, lembrando ser expressivo o número de pessoas que
trabalham em estatais.
Exportação
O líder sindical também manifestou preocupação com o desaquecimento das
atividades na indústria, o que se reflete em queda no nível de emprego. “Preocupa-nos
muito o Brasil, cada vez mais comprando produtos manufaturados de fora ao mesmo
tempo em que cresce a exportação de matérias-primas”.
Para Sérgio Nobre, a solução do problema está no aumento dos investimentos em tecnologia e na capacitação da mão de obra.
Quanto à questão do fator previdenciário, a CUT observou, em nota, que pela regra atual o valor do benefício é calculado com base na média aritmética dos maiores salários de contribuição correspondentes a 80% de todo o período em que o segurado contribuiu para a Previdência Social, de julho de 1994 até a data da aposentadoria (corrigidos monetariamente), e sobre o qual é aplicado o redutor.
Para Sérgio Nobre, a solução do problema está no aumento dos investimentos em tecnologia e na capacitação da mão de obra.
Quanto à questão do fator previdenciário, a CUT observou, em nota, que pela regra atual o valor do benefício é calculado com base na média aritmética dos maiores salários de contribuição correspondentes a 80% de todo o período em que o segurado contribuiu para a Previdência Social, de julho de 1994 até a data da aposentadoria (corrigidos monetariamente), e sobre o qual é aplicado o redutor.
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