Divulgação
"AE"
Brasília
- A presidente Dilma Rousseff aproveitou a conta dela no Twitter para
rebater as críticas da oposição e defender a sua proposta de
reestruturação do futebol. "Os que queriam transformar a Petrobrás em
Petrobrax, desvirtuam, agora, nossa posição de apoiar a renovação do
nosso futebol", disse Dilma, em uma das sete postagens feitas na manhã
deste sábado (12).
"O Brasil não quer criar a
Futebrás", reiterou a presidente, explicando que "quer, sim, acabar com
a Futebrax e deixar de ser um mero exportador de talentos". A fala dela
postada na rede social é uma resposta ao candidato do PSDB, Aécio
Neves, que afirmou que alfinetou Dizendo que ela queria criar a
Futebrás.
"O governo não quer comandar o
futebol, pois ele não pode, nem deve ser estatal. Queremos ajudar a
modernizá-lo. Contem conosco para isso", declarou Dilma. Na opinião da
presidente, "o futebol, que é atividade privada, precisa ter as melhores
práticas da gestão privada, nas áreas comercial, financeira e
futebolística".
Em outra postagem em no
microblog, a presidente Dilma destacou que "somos uma das maiores
economias do mundo e podemos ser uma das maiores bilheterias do
futebol". Segundo a presidente, "temos um imenso talento e amor pelo
futebol" e também "temos agora os melhores estádios". Para ela, "com
renovação, teremos sempre o melhor futebol do mundo".
Na
opinião da presidente, "as oportunidades devem ir das divisões de base
ao nível profissional. Só assim garantiremos que jogadores de excelência
fiquem no Brasil". E completou: "devemos ampliar oportunidades para
nossos craques jogarem no Brasil, dando a eles as mesmas condições do
mercado internacional".
A presidente está em
Brasília, no Palácio da Alvorada, onde assiste a disputa pelo terceiro
lugar da seleção brasileira contra a Holanda, depois do vexame de sete a
um contra a Alemanha, no Mineirão. Dilma não vai ao estádio Mané
Garrincha, na capital federal, que recebe o jogo de hoje. O ministro
chefe da Secretaria-Geral, Gilberto Carvalho, anunciou que irá ao
estádio, "prestigiar" os jogadores.
Intervenção.
Um dia depois da derrota para a Alemanha, o ministro do Esporte, Aldo
Rebelo, defendeu uma "intervenção indireta" no futebol. A proposta foi
muito criticada por vários setores, inclusive a oposição. O ministro
acabou recuando nas declarações, dizendo que o governo "não vai fazer
nenhuma intervenção". A presidente Dilma, tenta rebater a oposição e
esclarecer as propostas do Planalto.
No calor
da derrota, Dilma anunciou que quer promover a reformulação e a
renovação do funcionamento deste esporte, para deixar como mais um
legado da Copa. Dilma quer aproveitar a proposta de renegociação das
dívidas dos clubes, para exigir uma contrapartida, estabelecida em lei
aprovada pelo Congresso.
Entre as exigência
aos clubes deverão ser incluídas mais transparência nas contas, com
determinação de publicação de balanços periódicos, e punição ao clube
com rebaixamento automático da primeira para a segunda divisão, do time
que atrasar pagamento de salário dos jogadores.
Para
discutir estas propostas, a presidente Dilma Rousseff vai receber, na
sexta-feira, pela segunda vez, em menos de dois meses, representantes do
Bom Senso Futebol Clube, movimento de jogadores que reivindicam
melhores condições de trabalho para os atletas e o controle das finanças
dos times.
Entre as propostas discutidas na
época do primeiro encontro, em maio deste ano, estavam o fortalecimento
da Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte e a regulamentação da
participação de atletas em assembleias gerais de entidades. Na ocasião,
Dilma declarou ter ficado "estarrecida" "com tantos clubes com salários
atrasados".
Nenhum comentário:
Postar um comentário