Preocupada com o impacto financeiro da possível derrubada de vetos
presidenciais pelo Congresso, a presidente Dilma Rousseff fez um apelo à
base. Ela quer evitar que os parlamentares anulem a canetada que
manteve a multa de 10% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)
imposta a empregadores que demitem empregados sem justa causa. O veto
deve ir a votação no Congresso na próxima terça-feira.
O pano de fundo para a nova batalha do governo no Legislativo é uma
disputa de interesses eleitorais. A presidente quer evitar, a qualquer
custo, que o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida — que tem no
FGTS a principal fonte de financiamento — perca recursos às vésperas da
campanha presidencial de 2014. Por outro lado, os parlamentares estão
sendo pressionados pelo lobby empresarial, principal interessado na
extinção da multa. As empresas que trabalham pela derrubada do veto são
as mesmas que financiam as campanhas eleitorais de deputados e de
senadores, o que dá ao grupo um considerável poder de persuasão no
Congresso.
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