DivulgaçãoA castanha de caju é um dos produtos que terá pouca alteração
A pouca quantidade de chuvas que caiu no Rio Grande do Norte durante ao longo dos três primeiros meses de 2010 fez com que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estimasse que este ano a área plantada no estado será pouco maior do que 135 mil hectares, o que corresponde a uma redução de 0,82% em comparação com área plantada em 2009 e de 3,75% quando a comparação é com 2008. Com relação à produção, o IBGE estima que o total do estado será de pouco mais de cinco mil toneladas de produtos agrícolas, volume 0,36% menor do que a produção do ano passado e 3,6% maior do que a de 2008. Os dados fazem parte do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado ontem, baseado em informações colhidas durante o mês de março deste ano.
O supervisor estadual de pesquisas agropecuárias do IBGE, Elder de Oliveira Costa, explica que a diminuição na estimativa de área plantada este ano é menor do que a área que foi ocupada por lavouras em 2009, devido ao pequeno volume de chuvas registrado no estado durante os três primeiros meses de 2010. Ele lembra que no início do ano passado a situação era inversa, com regiões do estado passando por alagamentos e produtores temendo perder a área já plantada. “Nessa época do ano, os agricultores já deveriam ter plantado muito milho e feijão, mas como choveu pouco até agora, não é isso que vemos aqui no estado”, destaca Elder Costa.
O detalhamento da área relativa aos pouco mais de 10 tipos de culturas analisados indica que deverá aumento, em relação a 2009, na quantidade de lavouras de sisal, feijão, castanha de caju e cana de açúcar. Por outro lado, a área destinada ao cultivo de tomate, arroz, milho, mandioca, banana, algodão e sorgo granífero deverá apresentar redução. Já as culturas de girassol e mamona devem ocupar as mesmas áreas destinadas a elas no ano passado.
Com relação à análise das produções esperadas, o IBGE estima um crescimento no volume de feijão, banana, algodão e castanha de caju este ano, em relação ao ano passado. Para o mesmo período, é esperada uma diminuição nos volumes produzidos de tomate, sorgo granífero, sisal, milho, mandioca, arroz e cana de açúcar.
Cereais
De acordo com o supervisor do IBGE, boa parte da produção do estado é voltada à agricultura de subsistência, tendo grande importância produtos como arroz, milho e feijão. Dentre as culturas de cereais, leguminosas e oleaginosas, a estimativa é de que seja plantada uma área de 135 mil hectares, caracterizando uma redução de 1,54% em relação a 2009 e de 17% em comparação com 2008. Já a produção, estimada em cerca de 95 mil toneladas, deverá ser 0,33% maior do que no ano passado e cerca de 16% menor do que em 2008.
Com relação à safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas, o IBGE estima que a produção seja da ordem de 145,2 milhões de toneladas em 2010, superior em 8,5% aos 133,8 milhões de toneladas obtidos em 2009.
Projeção para o Brasil é de 145,2 milhões de toneladas
Rio (AE) - A estimativa para a safra nacional feita pelo IBGE relativa a março aponta uma produção, em 2010, de 145,2 milhões de toneladas. Se confirmada, a safra será 8,5% maior do que a obtida em 2009 (133,8 milhões de toneladas). A projeção de março é apenas 0,02% superior a de fevereiro.
De acordo com o IBGE, a área plantada da safra 2010 deverá ter acréscimo de 1,5% em relação ao ano passado, chegando a 47,9 milhões de hectares. Haverá queda, ante o ano anterior, na área plantada do arroz (-4,9%) e do milho (-4%), enquanto a soja terá um acréscimo de 6,4%. Os três produtos respondem, juntos, por 81,6% da área plantada da safra do País.
No que se refere à produção destes três produtos, o milho e a soja registram acréscimos de 3,0% e 18,1%, enquanto o arroz apresenta retração de 9,6% ante a safra anterior.
Segundo o IBGE, a safra esperada para 2010 tem a seguinte distribuição regional: região Sul, 61,1 milhões de toneladas (16,6%); Centro-Oeste, 50,4 milhões de toneladas (3,3%); Sudeste, 16,5 milhões de toneladas (-4,2%); Nordeste, 13,2 milhões de toneladas (13,8%) e Norte, 3,9 milhões de toneladas (3,9%).
O instituto destaca, no documento de divulgação, que o Paraná voltou a deter a posição de maior produtor nacional de grãos, superando o Mato Grosso, que no ano passado ocupou essa posição
Entre os 25 produtos selecionados, 15 apresentam variação positiva na estimativa de produção em relação ao ano anterior.
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