O Diretor do Departamento de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, anunciou que o Brasil enfrenta uma epidemia de microcefalia. Balanço divulgado pelo Ministério no último dia 17 de novembro mostra que já foram registrados 399 casos este ano em sete estados da Região Nordeste. Em 2014, o Brasil inteiro teve somente 147 notificações. Segundo a pasta, o número de casos deve aumentar nos próximos meses.
A microcefalia é uma má-formação que faz com que o cérebro do bebê não se desenvolva corretamente. Em virtude disso, o tamanho da cabeça dos portadores é visivelmente menor do que o normal. A doença leva a problemas tanto neurológicos quanto motores.
O repentino aumento de casos de microcefalia, até então, era tratado como surto pelas autoridades. Tecnicamente, esse termo é usado quando uma área específica do país vivencia aumento súbito na notificação de determinada doença.
Maierovitch acredita que o problema tomou proporções ainda maiores e não se trata mais de surto. Durante reunião da Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) da Câmara dos Deputados ele sinalizou: "Se quisermos usar o termo epidemia, do ponto de vista técnico, ele é absolutamente correto. E acreditamos que sim, a doença vai se expandir".
Sobre a doença
Bebês com microcefalia, em geral, têm o perímetro encefálico igual o inferior a 33 centímetros. Há suspeita de que o vírus da Zika esteja relacionado com o desenvolvimento da doença. Atualmente, há registro de aumento do número de bebês com a má-formação em Pernambuco, Sergipe, Rio Grande do Norte, Paraíba, Ceará, Piauí e Bahia.
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) produziu um vídeo onde explica os efeitos que essa elevação de casos pode trazer aos entes federados e traz orientações aos gestores.
Confira o vídeo aqui
Agência CNM, com informações do Jornal O Globo
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