O pré-candidato ao Governo do Estado pelo PDT, Carlos Eduardo Alves, concedeu uma entrevista ao Jornal 96 (96 FM), na manhã da segunda-feira (5). Na ocasião, o pedetista mostrou-se otimista com as pesquisas de intenção de voto que, segundo ele, o colocam em segundo lugar na disputa.
O ex-prefeito de Natal anunciou levantamento, segundo o qual, a candidatura dele está disputando o voto em 75% do eleitorado do Rio Grande do Norte. “Chegamos a algo em torno de 100 municípios do RN”, contou.
E a expectativa do pré-candidato é de interiorização de seu nome e ideias, para isso, ele pretende disseminar pelo Estado "a boa avaliação" de seu governo no comando da Prefeitura de Natal. Neste domingo (11), inclusive, o candidato segue para São Paulo do Potengi.
Apesar de não acreditar na hipótese, Carlos Eduardo declara que, se não for para o segundo turno, apoiará o pré-candidato e atual governador do RN, Iberê Ferreira de Souza (PSB). “Mas nós achamos que o governador é quem vai nos apoiar, porque quem vai para o segundo turno é a nossa candidatura”, confiou.
Utilizando a “conjuntura nacional” como justificativa, o pedetista descartou a possibilidade de apoiar a candidatura de Rosalba Ciarlini (DEM), por esta ser de oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Carlos Eduardo falou ainda sobre as conversas com os líderes do PMDB, o deputado federal Henrique Eduardo Alves e o senador Garibaldi Alves Filho, e o apoio por parte de alguns diretórios do PMDB e PR ao seu nome.
Esses e outros assuntos você acompanha na entrevista concedida a apresentadora Delma Lopes, com a colaboração do jornalista Marcos Alexandre. Confira:
Delma Lopes - O senhor aproveitou esse feriadão da Semana Santa para descansar ou já colocou o pé na estrada e foi fazer campanha no interior do Estado?
Carlos Eduardo - Bom dia Delma, bom dia Marcos Alexandre e ouvintes. É uma satisfação voltar aqui a 96 FM. Na sexta-feira, parei como a maioria das pessoas. No sábado, nós tivemos uma viagem à Região do Seridó. Começamos pelo município de Jardim do Seridó, onde tivemos uma entrevista na rádio local. Essa entrevista, por sinal, foi muito longa, tento durado mais de 2h. Em seguida, conversamos com algumas lideranças políticas de Jardim do Seridó e, na sequência, seguimos para a cidade de Caicó. Lá tivemos uma reunião política com vereadores, lideranças de bairros, entidades representativas do comércio. Participaram comigo dessa reunião o nosso candidato ao Senado Sávio Hackradt, o deputado estadual e candidato a vice-governador Álvaro Dias e o ex-prefeito de Caicó e candidato a deputado estadual Roberto Germano. Só retornei para Natal na madrugada do domingo. Mas, se você está achando “mais ou menos” ou pouca a nossa programação, ainda no domingo fui ao aniversário da cidade de Tibau do Sul, atendendo ao convite do prefeito Nilsinho [Edmilson Inácio da Silva]. Tibau do Sul completou 47 anos de emancipação política neste domingo (4). Foi uma solenidade, por sinal, muito bonita. Tivemos a presença da banda sinfônica de Carnaúba dos Dantas, além de muitos fogos de artifício e discursos, para variar.
DL - Ou seja, o senhor está intensificando a sua atuação no interior. Aqui [Natal e Região Metropolitana] o senhor já possui votação expressiva e o seu vice, o deputado estadual Álvaro Dias, está aumento sua presença no interior. Como foi a recepção do povo do interior nessas suas andanças por lá?
CE - Não sei se a 96 FM chega lá na Região do Seridó, mas com certeza chega ali em Tibau do Sul, que é mais próximo de Natal. Quero aproveitar a audiência para agradecer a receptividade, a solidariedade e a atenção das pessoas do Seridó. Desde que chegamos lá e fomos para a rádio conceder uma entrevista, fomos bem recepcionados. Ao final da entrevista, a rádio ficou lotada de pessoas que moram em Jardim do Seridó e de lideranças políticas. Em Caicó também foi muito bom. Evidentemente, como você bem disse, a nossa candidatura é mais conhecida aqui em Natal e na Grande Natal devido à administração que nós fizemos como prefeito da capital do Rio Grande do Norte. Mas Natal é uma caixa de ressonância. Natal é uma cidade que acolhe filhos de vários, se não de todos, municípios do Rio Grande do Norte. Encontro sempre, em toda a parte do interior, aonde chego pessoas que têm filhos estudando aqui, que têm parentes morando aqui ou que vêm sempre a Natal. Eu fui prefeito, conheço bem isso. Natal tem uma população de aproximadamente 800 mil habitantes, mas durante a semana, sobretudo durante a semana, Natal recebe uma população de aproximadamente 300 mil habitantes. São pessoas que vêm do interior do RN para resolver um problema no comércio, um problema de saúde, enfim, são diversos problemas ou soluções que trazem eles para aqui. Eles vêm a Natal passear na cidade grande ou visitar o filho, o parente, um amigo. Essa população toda não é somente de pessoas do interior, mas turistas do Brasil e do Mundo. Natal tem essa influência. As pessoas vêm para cá e me dizem no interior: ‘olha Carlos Eduardo, quando nós vamos a Natal as pessoas falam muito bem do prefeito que você foi, elas elogiam muito a sua gestão como prefeito, o seu perfil, a sua postura política. Isso é algo muito importante, porque a gente que votar em quem a gente tem boas informações, em quem a gente já sabe que teve uma experiência exitosa, uma experiência que foi aprovada na capital do RN, no segundo orçamento do RN. Isso é importante, como um balizador, para a nossa escolha nas eleições de 2010’. Veja, a minha gestão é uma boa influência no interior. Percebi isso em Jardim do Seridó e em Caicó. Sávio Hackradt, que estava comigo, também presenciou. Quanto maior a cidade, maior é a colônia aqui em Natal. Então, é muito bom a gente ser bem conhecido no interior do RN e, graças a Deus, eu sou. Graças também a uma postura, a um esforço e a um trabalho que fizemos enquanto prefeito.
CE - Não sei se a 96 FM chega lá na Região do Seridó, mas com certeza chega ali em Tibau do Sul, que é mais próximo de Natal. Quero aproveitar a audiência para agradecer a receptividade, a solidariedade e a atenção das pessoas do Seridó. Desde que chegamos lá e fomos para a rádio conceder uma entrevista, fomos bem recepcionados. Ao final da entrevista, a rádio ficou lotada de pessoas que moram em Jardim do Seridó e de lideranças políticas. Em Caicó também foi muito bom. Evidentemente, como você bem disse, a nossa candidatura é mais conhecida aqui em Natal e na Grande Natal devido à administração que nós fizemos como prefeito da capital do Rio Grande do Norte. Mas Natal é uma caixa de ressonância. Natal é uma cidade que acolhe filhos de vários, se não de todos, municípios do Rio Grande do Norte. Encontro sempre, em toda a parte do interior, aonde chego pessoas que têm filhos estudando aqui, que têm parentes morando aqui ou que vêm sempre a Natal. Eu fui prefeito, conheço bem isso. Natal tem uma população de aproximadamente 800 mil habitantes, mas durante a semana, sobretudo durante a semana, Natal recebe uma população de aproximadamente 300 mil habitantes. São pessoas que vêm do interior do RN para resolver um problema no comércio, um problema de saúde, enfim, são diversos problemas ou soluções que trazem eles para aqui. Eles vêm a Natal passear na cidade grande ou visitar o filho, o parente, um amigo. Essa população toda não é somente de pessoas do interior, mas turistas do Brasil e do Mundo. Natal tem essa influência. As pessoas vêm para cá e me dizem no interior: ‘olha Carlos Eduardo, quando nós vamos a Natal as pessoas falam muito bem do prefeito que você foi, elas elogiam muito a sua gestão como prefeito, o seu perfil, a sua postura política. Isso é algo muito importante, porque a gente que votar em quem a gente tem boas informações, em quem a gente já sabe que teve uma experiência exitosa, uma experiência que foi aprovada na capital do RN, no segundo orçamento do RN. Isso é importante, como um balizador, para a nossa escolha nas eleições de 2010’. Veja, a minha gestão é uma boa influência no interior. Percebi isso em Jardim do Seridó e em Caicó. Sávio Hackradt, que estava comigo, também presenciou. Quanto maior a cidade, maior é a colônia aqui em Natal. Então, é muito bom a gente ser bem conhecido no interior do RN e, graças a Deus, eu sou. Graças também a uma postura, a um esforço e a um trabalho que fizemos enquanto prefeito.
Marcos Alexandre – Bom dia prefeito Carlos Eduardo, queria perguntar sobre essa penetração no interior. Em termos de prefeitos e vice-prefeitos, a sua candidatura contaria hoje com quantos apoios? Há apoio de prefeitos do PMDB, já que o senhor declarou que tem recebido apoio de lideranças peemedebistas?
CE - Desde o mês de janeiro de 2010, quando desapareceram as candidaturas do deputado estadual Robinson Faria (PMN) e do deputado federal João Maia (PR) e quando reafirmados a nossa candidatura, nós passamos a obter várias adesões do interior do RN. Quando reafirmamos nossa candidatura, inclusive aqui na 96 FM tendo Diógenes à frente, passamos a receber os apoios. No passado, o RN já teve dois lados. Ou você tinha o vermelho ou você tinha o verde, mas essa situação mudou com o passar do tempo. Veja bem como está o interior do RN atualmente. Na grande maioria, em 90%, mas pode até ser que essa estatística cresça mais ainda, já pude verificar essa mudança nos municípios. Hoje, ao invés de duas, você já encontra três ou quatro forças políticas. E há municípios que tem até cinco forças políticas. Então, a liderança do município me procura, por exemplo, e diz: ‘olha Carlos Eduardo, quando a gente chega a Natal percebe que o senhor é muito bem avaliado’. Chamam-me até de senhor e eu digo, senhor está no céu [risos]. Isso é só um parêntese, voltando. Aí a colocação, geralmente, é o seguinte: ‘o prefeito vai apoiar o candidato A e o ex-prefeito vai apoiar o candidato D, mas nós não queremos acompanhar nem o prefeito nem o ex-prefeito’. Geralmente é o presidente da Câmara Municipal, junto com outros vereadores, ou outro ex-prefeito, porque não tem um só ex-prefeito. Eles não querem apoiar o mesmo candidato, então, como a nossa candidatura tem viabilidade eleitoral, eles nos procuram. Até esse momento, posso lhe assegurar que em todas as pesquisas de opinião pública a nossa candidatura está em segundo lugar, inclusive, em pesquisa da semana passada. Isso nos ajuda também, porque muitas lideranças políticas querem votar em um candidato que tenha chances de ganhar a eleição. Quero lhe dizer o seguinte, com toda franqueza, há 20 dias nós fizemos um levantamento e nós já estávamos disputando o voto dos norte rio-grandenses em 75% do eleitorado, isso implica em dizer que nós chegávamos a algo em torno de 100 municípios, que juntos contabilizam aproximadamente 75% do eleitorado do RN. Se a gente chega a três meses das convenções disputando 75% do eleitorado é muito bom. Nossa meta é a de chegar tranquilamente até as convenções disputando a eleição no meio dos 100% dos eleitores do RN. Isso poderia até acontecer durante a campanha, porque durante a campanha é quando há um maior engajamento dos eleitores. Agora é aquela história, o eleitor ouviu o galo cantar, mas não sabe aonde; ele ouviu falar, mas não tem certeza. O eleitor tem até simpatia e intenção de voto, mas esse engajamento mesmo se dá na campanha, principalmente, depois que começa a propaganda na televisão. É quando entra a grande massa dos eleitores para decidir a eleição. O que posso lhe dizer é que nós do PDT e do PCdoB estamos muito satisfeitos com essa movimentação política em favor da nossa candidatura, que representa uma renovação política e administrativa do RN.
DL - O noticiário local chegou a publicar, uma semana antes da Semana Santa, que o senhor procuraria o deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB) e o senador Garibaldi Alves Filho (PMDB) para buscar o apoio deles para a sua candidatura, após decisão do Tribunal Regional Eleitoral que proibiu coligações proporcionais diferentes das majoritárias. Diante nos números que o senhor apresentou agora, o senhor se considera mais merecedor do apoio do PMDB? O senhor acha que vai conseguir isso?
CE - Delma, a orientação do nosso diretório nacional é de apoio ao presidente Lula. Nosso partido ocupa o ministério do trabalho e definiu o apoio à candidata do presidente, ministra Dilma Rousseff (PT). A definição é de que nós possamos nos coligar com os partidos da base de apoio ao presidente. Então, temos todas as condições de conversamos e fazermos alianças políticas com todos aqueles partidos da base de apoio ao governo federal. Evidentemente que o PMDB, a nível nacional, inclusive, vai indicar o vice-presidente da candidatura da ministra. Há toda essa afinidade no plano nacional. No plano estadual, nós estamos sempre a disposição para conversar com o PMDB, inclusive, estou indo a Brasília amanhã (terça-feira, 6). Lá, vou ter uma reunião com o diretório nacional do nosso partido, além de uma conversa com o deputado federal Henrique Eduardo Alves. Nós vamos também procurar por senadores para fazer um movimento político aqui. Vamos encontrar o senador Cristovam Buarque que está vindo ao RN e vamos convidar o senador cearense Inácio Arruda também. Queremos que os senadores possam fazer aqui uma exposição sobre o quadro político nacional. Uma discussão agora no mês de maio. Então, em Brasília vamos manter vários contatos, tendo em vista exatamente essa aliança política. No interior nós temos muitos diretórios do PMDB apoiando a nossa candidatura, temos também de outros partidos, como o PR. Muitas pessoas do PR queriam votar no deputado federal João Maia para governador, mas por ele não ser candidato e devido a política local, as pessoas não têm condições de votar nem no candidato governador, nem na senadora. Por exclusão e pela situação política municipal, essas pessoas estão nos dando apoio para a eleição de governador do RN. Faltam três meses para as convenções e nós temos uma aliança com o PCdoB e, até lá, há condição de irmos conversando para que a aliança política cresça. Queremos que essa aliança seja representativa do ponto de vista político-eleitoral, para que a gente tenha todas as chances de ganhar essas eleições em 2010. Graças a Deus, teremos condições de ganhar o governo do RN.
MA - Nessa conversa com o deputado Henrique Alves ficou definido um pré-acordo entre PDT e PMDB visando o segundo turno? E qual o objetivo dessa nova conversa, que acontece amanhã [terça-feira (6)] em Brasília, com o deputado Henrique Alves?
CE - Aqui no RN nós temos a candidatura da senadora do DEM, Rosalba Ciarlini, que é contra o governo federal. Lá no Senado, ela crítica, vota contra e faz oposição ao governo do presidente Lula. O partido dela tem uma posição sectária e radical com relação ao governo de Lula, de modo que não há possibilidade dela ter nosso apoio. Nesse quadro político, nós vamos disputar com o governador Iberê Ferreira de Souza (PSB). Imagino, acredito e tenho toda a crença de que nós vamos para o segundo turno. Isso é o que a gente sente nas ruas. Isso é o que a gente começa a sentir no interior do RN. Entre os meses de dezembro, janeiro e fevereiro e até meados de março, a gente ficou apenas em Natal. Nesse período, raramente fomos ao interior, mas a partir de agora, nós temos todo um roteiro para percorrer no interior. Quero lhe dizer que, realmente, há uma simpatia e uma solidariedade com nossa candidatura. São as pessoas mesmo que me dizem que querem mudar o RN, que querem votar conosco, porque acham que conhecem, que têm referências boas da nossa administração em Natal, da nossa disposição até de ir para o confronto, de ir para o enfrentamento, quando está em jogo o interesse público. Nós nunca transigimos com o interesse público, como administrador de Natal. Essa postura precisa ir também para o governo do RN. Isso é uma das nuanças de como repercute essa nossa posição. Para ilustrar o que estou dizendo, ainda ontem, uma jovem que estuda aqui na UFRN e é de Tibau do Sul me deu um abraço e disse: ‘Carlos eu vou votar em você por conta da sua briga com a Câmara Municipal em favor do Plano Diretor de Natal. Então, o interior começa a me dizer e eu fico satisfeito. São bons sinais. São sinais eloquentes. Mesmo disputando contra um governador de Estado e uma senadora da República, duas grandes estruturas, acredito que nós vamos sim para o segundo turno. Temos condições de disputar as eleições.
MA - Teria sido esse o objetivo da conversa com o deputado Henrique?
CE - Sim. Mas para completar o raciocínio...
MA - O tempo já está...
CE - Porque estou em campanha. É o instinto do político... Nós vamos para o segundo turno, mas se não formos o caminho a ser seguido é o do apoio ao governador Iberê Ferreira de Souza, porque essa é uma questão de coerência no plano nacional. Mas nós achamos que o governador é quem vai nos apoiar, porque quem vai para o segundo turno é a nossa candidatura. Não sei quem vai para o segundo turno conosco, se é o governador ou a senadora. Se for a senadora, acho que o governador vai me apoiar.
MA - Mas o senhor espera o apoio formal do PMDB já no primeiro turno?
CE - O senador Garibaldi Filho tem sido muito enfático no apoio à senadora do DEM e o deputado Henrique Alves tem levando uma parte do PMDB para a candidatura do governador Iberê Ferreira. De qualquer forma isso não nos impede de conversar nem com o PMDB, nem com o PR e nem com o PT, porque são partidos que estão junto conosco no plano nacional. Temos essa afinidade e priorizamos esse diálogo. Vamos permanecer assim, só não com o PSB, porque essa legenda tem um candidato a governador. Nós estamos seguindo o nosso caminho de uma forma independente, livre, assumindo os compromissos que temos que assumir com a população. O eleitor e a eleitora é que serão os grandes responsáveis pelo futuro do RN nessas eleições de 2010.
DL - Obrigada prefeito por ter nos atendido aqui no Jornal 96. Obrigado também a você Marcos Alexandre pela colaboração.
CE - Obrigado vocês, obrigado ouvintes. Estou sempre à disposição, até porque quando posso estou sempre sintonizado no programa de vocês, ouvindo todos. Delma, Marcos, e Diógenes. Cadê Diógenes?
DL - Ele foi descansar um pouco, pois viajou e chegou de madrugada, mas amanhã ele está aqui.
CE - E Sávio Hackradt também que está sempre aqui com seus comentários muito inteligentes.
Tulio Duarte/No minuto.
CE - Desde o mês de janeiro de 2010, quando desapareceram as candidaturas do deputado estadual Robinson Faria (PMN) e do deputado federal João Maia (PR) e quando reafirmados a nossa candidatura, nós passamos a obter várias adesões do interior do RN. Quando reafirmamos nossa candidatura, inclusive aqui na 96 FM tendo Diógenes à frente, passamos a receber os apoios. No passado, o RN já teve dois lados. Ou você tinha o vermelho ou você tinha o verde, mas essa situação mudou com o passar do tempo. Veja bem como está o interior do RN atualmente. Na grande maioria, em 90%, mas pode até ser que essa estatística cresça mais ainda, já pude verificar essa mudança nos municípios. Hoje, ao invés de duas, você já encontra três ou quatro forças políticas. E há municípios que tem até cinco forças políticas. Então, a liderança do município me procura, por exemplo, e diz: ‘olha Carlos Eduardo, quando a gente chega a Natal percebe que o senhor é muito bem avaliado’. Chamam-me até de senhor e eu digo, senhor está no céu [risos]. Isso é só um parêntese, voltando. Aí a colocação, geralmente, é o seguinte: ‘o prefeito vai apoiar o candidato A e o ex-prefeito vai apoiar o candidato D, mas nós não queremos acompanhar nem o prefeito nem o ex-prefeito’. Geralmente é o presidente da Câmara Municipal, junto com outros vereadores, ou outro ex-prefeito, porque não tem um só ex-prefeito. Eles não querem apoiar o mesmo candidato, então, como a nossa candidatura tem viabilidade eleitoral, eles nos procuram. Até esse momento, posso lhe assegurar que em todas as pesquisas de opinião pública a nossa candidatura está em segundo lugar, inclusive, em pesquisa da semana passada. Isso nos ajuda também, porque muitas lideranças políticas querem votar em um candidato que tenha chances de ganhar a eleição. Quero lhe dizer o seguinte, com toda franqueza, há 20 dias nós fizemos um levantamento e nós já estávamos disputando o voto dos norte rio-grandenses em 75% do eleitorado, isso implica em dizer que nós chegávamos a algo em torno de 100 municípios, que juntos contabilizam aproximadamente 75% do eleitorado do RN. Se a gente chega a três meses das convenções disputando 75% do eleitorado é muito bom. Nossa meta é a de chegar tranquilamente até as convenções disputando a eleição no meio dos 100% dos eleitores do RN. Isso poderia até acontecer durante a campanha, porque durante a campanha é quando há um maior engajamento dos eleitores. Agora é aquela história, o eleitor ouviu o galo cantar, mas não sabe aonde; ele ouviu falar, mas não tem certeza. O eleitor tem até simpatia e intenção de voto, mas esse engajamento mesmo se dá na campanha, principalmente, depois que começa a propaganda na televisão. É quando entra a grande massa dos eleitores para decidir a eleição. O que posso lhe dizer é que nós do PDT e do PCdoB estamos muito satisfeitos com essa movimentação política em favor da nossa candidatura, que representa uma renovação política e administrativa do RN.
DL - O noticiário local chegou a publicar, uma semana antes da Semana Santa, que o senhor procuraria o deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB) e o senador Garibaldi Alves Filho (PMDB) para buscar o apoio deles para a sua candidatura, após decisão do Tribunal Regional Eleitoral que proibiu coligações proporcionais diferentes das majoritárias. Diante nos números que o senhor apresentou agora, o senhor se considera mais merecedor do apoio do PMDB? O senhor acha que vai conseguir isso?
CE - Delma, a orientação do nosso diretório nacional é de apoio ao presidente Lula. Nosso partido ocupa o ministério do trabalho e definiu o apoio à candidata do presidente, ministra Dilma Rousseff (PT). A definição é de que nós possamos nos coligar com os partidos da base de apoio ao presidente. Então, temos todas as condições de conversamos e fazermos alianças políticas com todos aqueles partidos da base de apoio ao governo federal. Evidentemente que o PMDB, a nível nacional, inclusive, vai indicar o vice-presidente da candidatura da ministra. Há toda essa afinidade no plano nacional. No plano estadual, nós estamos sempre a disposição para conversar com o PMDB, inclusive, estou indo a Brasília amanhã (terça-feira, 6). Lá, vou ter uma reunião com o diretório nacional do nosso partido, além de uma conversa com o deputado federal Henrique Eduardo Alves. Nós vamos também procurar por senadores para fazer um movimento político aqui. Vamos encontrar o senador Cristovam Buarque que está vindo ao RN e vamos convidar o senador cearense Inácio Arruda também. Queremos que os senadores possam fazer aqui uma exposição sobre o quadro político nacional. Uma discussão agora no mês de maio. Então, em Brasília vamos manter vários contatos, tendo em vista exatamente essa aliança política. No interior nós temos muitos diretórios do PMDB apoiando a nossa candidatura, temos também de outros partidos, como o PR. Muitas pessoas do PR queriam votar no deputado federal João Maia para governador, mas por ele não ser candidato e devido a política local, as pessoas não têm condições de votar nem no candidato governador, nem na senadora. Por exclusão e pela situação política municipal, essas pessoas estão nos dando apoio para a eleição de governador do RN. Faltam três meses para as convenções e nós temos uma aliança com o PCdoB e, até lá, há condição de irmos conversando para que a aliança política cresça. Queremos que essa aliança seja representativa do ponto de vista político-eleitoral, para que a gente tenha todas as chances de ganhar essas eleições em 2010. Graças a Deus, teremos condições de ganhar o governo do RN.
MA - Nessa conversa com o deputado Henrique Alves ficou definido um pré-acordo entre PDT e PMDB visando o segundo turno? E qual o objetivo dessa nova conversa, que acontece amanhã [terça-feira (6)] em Brasília, com o deputado Henrique Alves?
CE - Aqui no RN nós temos a candidatura da senadora do DEM, Rosalba Ciarlini, que é contra o governo federal. Lá no Senado, ela crítica, vota contra e faz oposição ao governo do presidente Lula. O partido dela tem uma posição sectária e radical com relação ao governo de Lula, de modo que não há possibilidade dela ter nosso apoio. Nesse quadro político, nós vamos disputar com o governador Iberê Ferreira de Souza (PSB). Imagino, acredito e tenho toda a crença de que nós vamos para o segundo turno. Isso é o que a gente sente nas ruas. Isso é o que a gente começa a sentir no interior do RN. Entre os meses de dezembro, janeiro e fevereiro e até meados de março, a gente ficou apenas em Natal. Nesse período, raramente fomos ao interior, mas a partir de agora, nós temos todo um roteiro para percorrer no interior. Quero lhe dizer que, realmente, há uma simpatia e uma solidariedade com nossa candidatura. São as pessoas mesmo que me dizem que querem mudar o RN, que querem votar conosco, porque acham que conhecem, que têm referências boas da nossa administração em Natal, da nossa disposição até de ir para o confronto, de ir para o enfrentamento, quando está em jogo o interesse público. Nós nunca transigimos com o interesse público, como administrador de Natal. Essa postura precisa ir também para o governo do RN. Isso é uma das nuanças de como repercute essa nossa posição. Para ilustrar o que estou dizendo, ainda ontem, uma jovem que estuda aqui na UFRN e é de Tibau do Sul me deu um abraço e disse: ‘Carlos eu vou votar em você por conta da sua briga com a Câmara Municipal em favor do Plano Diretor de Natal. Então, o interior começa a me dizer e eu fico satisfeito. São bons sinais. São sinais eloquentes. Mesmo disputando contra um governador de Estado e uma senadora da República, duas grandes estruturas, acredito que nós vamos sim para o segundo turno. Temos condições de disputar as eleições.
MA - Teria sido esse o objetivo da conversa com o deputado Henrique?
CE - Sim. Mas para completar o raciocínio...
MA - O tempo já está...
CE - Porque estou em campanha. É o instinto do político... Nós vamos para o segundo turno, mas se não formos o caminho a ser seguido é o do apoio ao governador Iberê Ferreira de Souza, porque essa é uma questão de coerência no plano nacional. Mas nós achamos que o governador é quem vai nos apoiar, porque quem vai para o segundo turno é a nossa candidatura. Não sei quem vai para o segundo turno conosco, se é o governador ou a senadora. Se for a senadora, acho que o governador vai me apoiar.
MA - Mas o senhor espera o apoio formal do PMDB já no primeiro turno?
CE - O senador Garibaldi Filho tem sido muito enfático no apoio à senadora do DEM e o deputado Henrique Alves tem levando uma parte do PMDB para a candidatura do governador Iberê Ferreira. De qualquer forma isso não nos impede de conversar nem com o PMDB, nem com o PR e nem com o PT, porque são partidos que estão junto conosco no plano nacional. Temos essa afinidade e priorizamos esse diálogo. Vamos permanecer assim, só não com o PSB, porque essa legenda tem um candidato a governador. Nós estamos seguindo o nosso caminho de uma forma independente, livre, assumindo os compromissos que temos que assumir com a população. O eleitor e a eleitora é que serão os grandes responsáveis pelo futuro do RN nessas eleições de 2010.
DL - Obrigada prefeito por ter nos atendido aqui no Jornal 96. Obrigado também a você Marcos Alexandre pela colaboração.
CE - Obrigado vocês, obrigado ouvintes. Estou sempre à disposição, até porque quando posso estou sempre sintonizado no programa de vocês, ouvindo todos. Delma, Marcos, e Diógenes. Cadê Diógenes?
DL - Ele foi descansar um pouco, pois viajou e chegou de madrugada, mas amanhã ele está aqui.
CE - E Sávio Hackradt também que está sempre aqui com seus comentários muito inteligentes.
Tulio Duarte/No minuto.
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