Quem trafega pelas rodovias do Rio Grande do Norte sabe que muitos trechos estão em situação longe da ideal. Para o diretor do Departamento de Estradas e Rodagens (DER), general Jorge Fraxe, a explicação para essa situação é simples: “O RN não tem recursos para manter suas rodovias”.
“Dos 3 mil quilômetros que temos, 500 km são de rodovias estruturantes. Que são as mais fortes, por onde passa o transporte das maiores riquezas do Estado, como extração mineral, agronegócio, sal e petróleo. O resto são ligações locais. Para fazer uma revitalização em tudo, precisamos de cerca de R$ 100 milhões por ano, cerca de 1% do orçamento do Estado”, afirmou em entrevista para a Rádio Cidade nesta segunda-feira (13).
Ainda de acordo com o general, todos os meses ele ‘sonda’ o administrativo do Governo para saber se sobrou algum recurso para o DER. “O Governo vem tendo complicação para pagar a folha salarial. Percentuais dos recursos vão para segurança, saúde, educação, para o custeio da dívida, para os municípios. Para o DER não sobra nada. Vamos atrás para saber se sobrou algo para fazer uma operação tapa buraco e não tem”.
Acesso Sul ao Aeroporto
Com a finalização do acesso Norte ao aeroporto de São Gonçalo do Amarante – pelo menos da parte que é de responsabilidade do Estado – as atenções se voltam para as obras do acesso Sul.
De acordo com o general Jorge Fraxe, até o final deste ano – no máximo em janeiro de 2017 – as obras devem alcançar a chamada ‘Reta Tabajara’. “O acesso Sul é um contorno da Região Metropolitana. Por ali vão fluir os caminhões e carretas que vêm da região Norte, inclusive das refinarias da Petrobras. Todo o acesso Sul até o Rio Potengi já foi asfaltado”.
Ainda segundo o diretor do DER, essa obra será uma vantagem que o Rio Grande do Norte terá sobre os concorrente do Hub da Latam. “Ali o condutor terá a opção de ir para Mossoró, Fortaleza, ou desce e vai para Parnamirim, Natal, Pipa, João Pessoa. Esse contorno é uma alça importante para a mobilidade. Integra perfeitamente a região Norte e Sul e ao mesmo tempo oferece para o projeto do HUB uma estrutura de logística e transporte completa”.
Prolongamento da Prudente de Morais
Iniciada em 2008 e apontada como indispensável para a melhoria do fluxo de veículos que entram e saem da capital, a obra do prolongamento da avenida Prudente de Morais deve sofrer mais algumas alterações.
Segundo o general Fraxe – que assumiu o DER em 2015 – o projeto inicial era para um Estado ‘rico’. “Tem pista duplicada, vias marginais, tem passeio, ciclovia. Uma coisa para rico. O RN não tem condições”.
O diretor do DER disse que fez uma nova ‘geometria na obra’ e que isso fará com o que Governo economize. “Eu limitei o que falta duplicar, que são 280 metros. Dos mais de R$ 6 milhões de desapropriação, economiza para 1/3. Bem mais simples e emenda o que já é duplicado.
Em relação ao viaduto que será feito na região, Fraxe explicou que os recursos já estão garantidos. “O dinheiro (para o viaduto) já está na caixa, que é o resultado da aplicação e que rendeu. Agora vamos conseguir avançar na Prudente de Morais”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário