(Foto: Reprodução/TV Globo) |
O ex-ministro José Dirceu
(Casa Civil do governo Lula) foi preso na manhã desta segunda-feira, 3, em
Brasília. Dirceu é alvo de prisão preventiva decretada pelo juiz
federal Sérgio Moro, que conduz as ações penais da Operação Lava Jato. O
ex- ministro está sob investigação por suposto recebimento de propinas
disfarçadas na forma de consultorias, por meio de sua empresa JD assessoria, já
desativada. Dirceu cumpria prisão domiciliar por sua condenação no
processo do mensalão.
A Polícia Federal incluiu a
JD Assessoria e Consultoria em um grupo de 31 empresas ”suspeitas de
promoverem operações de lavagem de dinheiro” em contratos das obras da
Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco – construção iniciada em 2007,
que deveria custar R$ 4 bilhões e consumiu mais de R$ 23 bilhões da Petrobrás.
O documento é o primeiro de
uma série de perícias técnicas da Polícia Federal que apontam um percentual de
desvios na Petrobrás de até 20% do valor de contratos. O percentual é superior
aos 3% apontados até aqui nas investigações da Operação Lava Jato, que incluía
apenas da propina dos agentes públicos e políticos.
“Foi identificada
movimentação financeira da ordem de R$ 71,4 milhões, tendo como origem
Construções e Comércio Camargo Corrêa S/A e como destino as seguintes empresas,
suspeitas de operarem lavagem de dinheiro: Costa Global Consultoria e
Participações, JD Assessoria e Consultoria; Treviso do Brasil
Empreendimentos e Piemonte Empreendimentos”, registra o laudo 1342/2015 presente
nos autos da Lava Jato.
ESTADÃO CONTEÚDO
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