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segunda-feira, 23 de março de 2015

O conto compartilhado: Especialistas alertam para o perigo dos boatos


Quem conta um conto aumenta um ponto. Sabiamente, o antigo ditado popular deixa claro que cada vez que uma história é contada por pessoas diferentes ela é modificada por quem está contando. A capital potiguar vivenciou isso nos últimos dias com a onda de boatos disseminados, especialmente por meio da ferramenta digital chamada Whatsapp. Especialistas em comunicação alertam para o perigo que os boatos podem causar ao serem disseminados na sociedade. A boataria começou na noite da última segunda-feira (16), quando algumas ações orquestradas de dentro dos presídios atemorizaram a população de Natal. Vários boatos foram compartilhados por usuários de aplicativos, principalmente WhatsApp. As ações teriam contribuído, na visão de especialistas, para amplificar a sensação de medo que as ações comandadas pelos detentos por si só já causaram. Entre os boatos surgiram informações de que a Ponte Newton Navarro havia sido destruída; que o shopping Midway Mall tinha sido incendiado por criminosos; que pessoas foram atingidas por disparos de armas de fogo em paradas de ônibus de Natal, entre outros. A todo instante, usuários recebiam por meio do WhatsApp vídeos, fotos, textos e áudios com uma nova informação, a maioria falsa, sobre a onda de ataques que deixou muita gente em pânico na capital.O publicitário, jornalista e diretor da empresa Dois A Publicidade, João Maria Medeiros, considera “graves” os fatos ligados a boatos espalhados por meio das mídias digitais. Ele explica que o boato tem a capacidade de provocar uma deturpação na opinião pública e trazer consequências danosas tanto para as pessoas quanto para o comércio. A introdução na sociedade de aparelhos tecnológicos como os smartphones, aliada às mídias sociais provocou uma mudança de comportamento que promoveu a facilidade de interação entre as pessoas. No entanto, João Maria enxerga essa mudança com ressalvas e percebe uma “falta de critério e o descontrole com a responsabilidade social que a informação possa ter”.“Qualquer pessoa de má fé pode criar uma situação e transformar isso em um caos como foi o estabelecido em Natal. O que eu acho mais grave nesse episódio é principalmente a mídia se permitir pautar por um instrumento que não tem fonte fidedigna que é o WhatsApp, como ocorreu em alguns setores da mídia local”, diz. Os boatos espalhados por meio do WhatsApp na segunda-feira (16) provocaram consequências diretas que se estenderam até dois dias após a série de  ações ligadas às ordens emanadas dos presídios. Devido a rumores de mais ataques a ônibus, na terça-feira algumas escolas particulares e universidades chegaram a cancelar as aulas devido ao pavor que tomou conta da população. Algumas lojas do Centro da Cidade e do Alecrim que comumente permanecem abertas até à noite baixaram as portas mais cedo na terça-feira, após ser compartilhado via WhatsApp um texto dizendo que naquele dia o foco dos criminosos seria incendiar lojas naqueles bairros. Nada disso aconteceu. Até à quarta-feira o comércio ainda registrou lojas no Alecrim e no Centro fechando mais cedo devido a boatos de que os ônibus iriam parar de circular como medida de segurança contra as ações dos criminosos.A professora Taciana Burgos, publicitária e docente das disciplinas Mídia Digital e Publicidade Online, analisa que a grande novidade desse processo é o espalhamento dos boatos de forma instantânea por meio das mídias. Tecnicamente ela chama de “Hoax” os boatos espalhados indiscriminadamente. O termo, que significa “embuste ou farsa”, é usado para designar boatos que se espalham na internet via e-mail ou redes sociais e que alcançam um número elevado de pessoas.  “O boato sempre existiu, só que os aplicativos como o WhatsApp e outros potencializaram  o processo”, explica. Taciana também observou com preocupação a disseminação de boatos em Natal, tanto pela falta de discernimento das pessoas em identificar o que é verídico do que é falseado, quanto pelo uso que certos grupos de pessoas fazem da ferramenta.
A orientação é tentar checar a informação antes junto a órgãos oficiais para que o pânico não venha a se alastrar em meio à população. “Esses boatos podem causar acidentes, as pessoas ficarem desesperadas no local onde estão, pode haver – como houve – cancelamentos de compromissos e todas essas consequências trazem perdas tremendas”, afirma a docente.DIEGO CAMPELO

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