Cumprindo agenda eleitoral em Brasília, a presidenta Dilma Rousseff
disse que está mais preocupada com sua campanha do que com os
adversários políticos e a mudança do quadro eleitoral após a entrada de
Marina Silva na disputa. Segundo ela, a campanha dá oportunidade para
uma prestação de contas do que foi feito em três anos e oito meses de
seu governo.
“Quero mostrar as conquistas desse país, quero
mostrar que o país mudou, que hoje a filha de um pedreiro pode virar
doutora, que hoje você vê uma empregada doméstica viajando de avião para
ir visitar seus parentes”, disse Dilma. Segundo ela, não existe mais
barreira de renda no Brasil.
Em entrevista coletiva no Palácio do
Alvorada, residência oficial da Presidência da República, ela também
minimizou o impacto na Petrobras e na campanha das denúncias de
irregularidades relacionadas a diretores e gestores da estatal. “O
Brasil e nós todos temos que aprender que se pessoas cometeram erros,
malfeitos, crimes e atos de corrupção, isso não significa que as
instituições tenham feito isto. Não se pode confundir as pessoas com as
instituições”, afirmou.
Dilma assegurou que a Petrobras é “muito
maior que qualquer agente dela, diretor ou não, que cometa equívocos e
crimes”. A candidata evitou comentar sobre a decisão do ex-diretor da
estatal, Paulo Roberto Costa, de propor acordo de delação premiada para
colaborar nas investigações sobre corrupção nos negócios da empresa.
A
candidata ainda negou que haja atraso no pagamento de obras do Programa
de Aceleração do Crescimento (PAC), em resposta às declarações de
empreiteiros que afirmaram não receber os valores de parcelas nos dias
acertados com o governo. Segundo ela, “o que existe é um delaynormal” entre o empenho do dinheiro, a fiscalização das obras e o pagamento.
Dilma
Rousseff almoçou hoje com o escritor e jornalista Lira Neto, autor da
trilogia sobre Getúlio Vargas, cujo suicídio completa 60 anos neste
domingo. Ela também elogiou o filme de João Jardim sobre o
ex-presidente, lembrando que são obras que desvendam um político que
deixou sua marca no país. “Se nós não entendermos a história do nosso
país, não entenderemos a construção da nação brasileira. Um país é feito
da sua história, das suas memórias, das suas lideranças políticas”,
afirmou.
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