A falta de ação do governo e a omissão das
nossas lideranças política se fazem notar sempre que analisamos as
nossas deficiências em qualquer seguimento de atividade indispensável ao
nosso desenvolvimento sustentável e a vida do cidadão, com o mínimo de
dignidade.
A seca e a calamidade das chuvas torrenciais são tragédias recorrentes que provocam destruição, desabrigados, mortes e uma legião de pessoas desamparadas, entretanto se constituem oportunidades especiais para a malversação do dinheiro público e o enriquecimento ilícito de empreiteiras em conluio com os políticos de plantão.
As medidas quando adotadas, são emergências, geralmente chegam atrasadas e não tem o objetivo de resolver definitivamente os problemas que expõem o povo a situações vexatórias e humilhantes. As notícias do dia a dia focam a vergonhosa situação em que se encontram as instituições que compõem a rede pública de saúde, a violência sem controle, o arruinado ensino escolar e agora se acrescentem as calamidades da seca no Semiárido Nordestino e o desespero das vítimas dos estragos provocados pelas fortes chuvas no Litoral Norte de São Paulo e na Região Serrana do Rio de Janeiro. São fatos que chocam, irritam e entristece.
Entre nós, os sofrimentos causados pelos horrores da seca remontam ao tempo do império e até hoje o fenômeno se repete sem a existência de ações duradouras, focalizadas na solução dos problemas decorrentes. Este é o país das incoerências, do desperdício do dinheiro do contribuinte, da impunidade, da corrupção que caracteriza a administração pública. Pena que o Nordeste não difere do restante do Brasil, onde o povo tornou-se vítima de políticos profissionais que têm como único objetivo, permanecer no poder e usufruir as benesses consequentes.
As queixas do homem do campo não sensibilizam os ocupantes dos gabinetes climatizados, por isso faço alusão ao que ouvi recentemente de um pequeno agricultor, o seu lamento revelava a amargura, o sofrimento de ter que vender por qualquer preço as cinco reses que ainda estavam vivas, porque não lhe restava alternativa. O compadre Deca dizia-me: “não aguento mais ver a tristeza nos olhos do gado pedindo um molhinho de capim, um bocadinho de forragem, qualquer coisa pra não morrer de fome. A minha luta é grande e o meu sofrimento é igual ao deles, mas eu não tenho mais o que fazer, eu vou vender; acredite!” Concluo que os criadores prezam mais os seus animais do que o governo preza os criadores.
Ainda que eu seja contra tudo aquilo que não presta, o estado tende a ser aceito como um mal necessário. Porém, o que é imprescindível é a eficácia do governo por meio de instituições disciplinadas, adequadas e eficientes no cumprimento de suas atribuições, a estimular o desenvolvimento. O governo sabe o que fazer e como fazer, mas, talvez, julgue preferível continuar postergando as soluções, por conveniências político-sociais. Deste modo, faça sol ou faça chuva, a sacanagem é a mesma."
A seca e a calamidade das chuvas torrenciais são tragédias recorrentes que provocam destruição, desabrigados, mortes e uma legião de pessoas desamparadas, entretanto se constituem oportunidades especiais para a malversação do dinheiro público e o enriquecimento ilícito de empreiteiras em conluio com os políticos de plantão.
As medidas quando adotadas, são emergências, geralmente chegam atrasadas e não tem o objetivo de resolver definitivamente os problemas que expõem o povo a situações vexatórias e humilhantes. As notícias do dia a dia focam a vergonhosa situação em que se encontram as instituições que compõem a rede pública de saúde, a violência sem controle, o arruinado ensino escolar e agora se acrescentem as calamidades da seca no Semiárido Nordestino e o desespero das vítimas dos estragos provocados pelas fortes chuvas no Litoral Norte de São Paulo e na Região Serrana do Rio de Janeiro. São fatos que chocam, irritam e entristece.
Entre nós, os sofrimentos causados pelos horrores da seca remontam ao tempo do império e até hoje o fenômeno se repete sem a existência de ações duradouras, focalizadas na solução dos problemas decorrentes. Este é o país das incoerências, do desperdício do dinheiro do contribuinte, da impunidade, da corrupção que caracteriza a administração pública. Pena que o Nordeste não difere do restante do Brasil, onde o povo tornou-se vítima de políticos profissionais que têm como único objetivo, permanecer no poder e usufruir as benesses consequentes.
As queixas do homem do campo não sensibilizam os ocupantes dos gabinetes climatizados, por isso faço alusão ao que ouvi recentemente de um pequeno agricultor, o seu lamento revelava a amargura, o sofrimento de ter que vender por qualquer preço as cinco reses que ainda estavam vivas, porque não lhe restava alternativa. O compadre Deca dizia-me: “não aguento mais ver a tristeza nos olhos do gado pedindo um molhinho de capim, um bocadinho de forragem, qualquer coisa pra não morrer de fome. A minha luta é grande e o meu sofrimento é igual ao deles, mas eu não tenho mais o que fazer, eu vou vender; acredite!” Concluo que os criadores prezam mais os seus animais do que o governo preza os criadores.
Ainda que eu seja contra tudo aquilo que não presta, o estado tende a ser aceito como um mal necessário. Porém, o que é imprescindível é a eficácia do governo por meio de instituições disciplinadas, adequadas e eficientes no cumprimento de suas atribuições, a estimular o desenvolvimento. O governo sabe o que fazer e como fazer, mas, talvez, julgue preferível continuar postergando as soluções, por conveniências político-sociais. Deste modo, faça sol ou faça chuva, a sacanagem é a mesma."
Teônio Vieira
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