O Ministério da Saúde anunciou hoje (25) que vai disponibilizar na
rede pública, até o final do ano, um teste rápido para diagnóstico da
doença. O exame pode detectar o bacilo causador da doença em duas horas,
além de identificar se o paciente tem resistência ao antibiótico
rifampicina, usado no tratamento.
No exame tradicional, são necessários de 30 a 60 dias para realizar o
cultivo da micobactéria e mais 30 dias para obter o diagnóstico de
resistência à rifampicina. Com o novo teste, os índices de sensibilidade
e de especificidade, segundo a pasta, chegam a 92,5% e 99%,
respectivamente, o que diminui a possibilidade de um falso positivo.
O coordenador do Programa Nacional de Controle da Tuberculose,
Draurio Barreira, informou que o teste rápido, chamado Gene Expert, já
está sendo feito no Rio de Janeiro e em Manaus e será implantado em
todos os municípios com mais de 200 novos casos de tuberculose
notificados em 2012.
O exame também será disponibilizado em localidades consideradas
estratégicas, como cidades com grande população prisional ou indígena e
em municípios de fronteira.
Para o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, o desafio
do governo é combinar ações universais de prevenção e diagnóstico da
tuberculose com estratégias específicas direcionadas para as chamadas
populações mais vulneráveis (presos, índios e pessoas que vivem com
HIV). “Por isso, a integração com a atenção básica é fundamental”,
avaliou.
A estimativa de gastos para a implementação da nova tecnologia no
Sistema Único de Saúde (SUS) é R$ 12,6 milhões. Os recursos, de acordo
com o ministério, serão usados para a aquisição de testes e de
computadores com leitor de código de barras e impressora e também no
treinamento de profissionais e saúde.
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