Diante das ameaças do Governo do Estado em cortar o ponto dos grevistas, algumas categorias de servidores decidiram acabar com a greve e voltar ao trabalho.
Foi o caso dos servidores da educação.
Em assembléia realizada nesta segunda-feira(17) a categoria decidiu voltar ao trabalho, mesmo sem conseguir o que estava reivindicando.
“Fizemos tudo que estava ao nosso alcance: investimos nas assembleias e mobilização de rua, pressionamos através da grande imprensa, priorizamos a luta dos funcionários em nosso programa de TV e no portal na Internet , pressionamos em audiências e protestos e solicitamos estudo científico do Orçamento Estadual ao Dieese. Mas, infelizmente, a governadora foi implacável na retaliação ao movimento”, argumenta Fátima Cardoso, coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação(Sinte).
Na opinião de Fátima, Rosalba Ciarlini atacou um ponto extremamente frágil para a maioria dos servidores da educação: o bolso.
“Fizemos a parte que nos cabia. Mas como estimular servidores, que já sofrem para pagar as contas no final do mês, a continuar em greve sob a ameaça de corte nos salários?”, questiona a coordenadora do Sinte.
Fátima Cardoso explica que o corte de ponto é ilegal, mas a governadora se aproveita da lentidão da Justiça para fazer a maldade. “O Sindicato estava pronto para acionar a Justiça para obrigar o Governo a repor, com juros, os salários que fossem cortados ilegalmente. Mas entendemos que até recuperar esse dinheiro os servidores teriam passado por grandes problemas no orçamento familiar”, ressalta a sindicalista.
Para Fátima Cardoso, Rosalba assinou do próprio punho o título de inimiga dos servidores públicos estaduais.
“Ela foi eleita prometendo mudanças e o que estamos assistindo é um festival de autoritarismos e desrespeito. Mas isso não vai nos amedrontar. O Sinte vai continuar firme na mobilização dos funcionários e denunciando o Governo do DEM enquanto os servidores forem vítimas”, enfatiza Fátima Cardoso.
Com informações do Oliveira.
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