Além dos policiais civis e dos servidores da Emater, Detran e Fundação José Augusto, outra categoria de funcionários do Estado poderá decidir pelo fim da greve. Trata-se dos professores da rede estadual de ensino.
A categoria realiza assembleia geral nesta quinta-feira(14), pela manhã no Colégio Winston Churchil.
A assembleia vai acontecer depois que o tribunal de Justiça decidiu pela ilegalidade e abusividade da greve dos professores na última terça-feira(12).
A direção do Sindicato dos Trabalhadores em Educação(Sinte) diz que vai defender a continuidade da greve, mesmo com a multa de R$ 10 mil por dia imposta pelo Tribunal de Justiça ao Sindicato caso a decisão judicial seja descumprida.
A verdade é que o Sinte talvez tenha jogado mal. Esticou a corda demais e não fez como o Sinpol, que aproveitou a audiência de conciliação com o Governo para acabar com a greve.
O Sinte também teve uma audiência de conciliação no Tribunal de Justiça, mas não chegou a um acordo com o Governo e manteve o movimento grevista que já dura mais de dois meses.
Avançar e recuar para a luta continuar
As greves são legítimas e constituem um instrumento de luta dos trabalhadores contra, na maioria das vezes, a intransigência e a ganância dos governos e dos patrões, no caso da iniciativa privada.
Mas os grevistas têm que saber o momento certo de parar. Há o momento de avançar e o de recuar. Até porque a luta por melhores salários e condições dignas de trabalho deve ser uma constante.
Caso decidam pelo fim da greve nesta quinta-feira, os professores da rede estadual de ensino não sairão derrotados do movimento. Ao contrário. Eles mostraram a força da categoria na luta pelos seus direitos.
Na verdade, o Governo de Rosalba Ciarlini sairá muito mais arranhado pela intransigência e, muitas vezes, arrogância no trato com os trabalhadores não apenas da educação, mas das demais categorias de servidores.
A prova é o índice elevado de rejeição do Governo Rosalba nos primeiros seis meses. E essa rejeição tem muito a ver com a greve dos servidores.
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