Canela lembrou que os jornalistas estão mais ameaçados em ambientes de conflitos, como os embates que ocorrem nos países do Oriente Médio e Norte da África, como Líbia e Síria. Em entrevista durante a manhã ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, ele disse que há riscos não só em ambientes de guerra, mas também nas regiões em que a democracia não está consolidada.
“Os riscos não só [envolvem] o assassinato de jornalistas, mas existem uma série de outros riscos que precisam ser discutidos”, afirmou ele, citando, como exemplo, a ausência de “proteção do indivíduo jornalista que faz [uma determinada] cobertura”. O pesquisador lembrou ainda que a ameaça é maior quando o profissional busca o “oculto”. “Em muito lugares do mundo, o jornalismo é uma profissão de muitos riscos, novos e velhos”, afirmou.
Canela lembrou o assassinato do jornalista pernambucano Luciano Leitão Pedrosa, de 46 anos, que morreu no começo de abril depois de colocar no ar uma série de reportagens sobre grupos de extermínio, na região de Vitória de Santo Antão. Para ele, é fundamental estabelecer o fim da impunidade, assim como aumentar as garantias de segurança para os profissionais.
O pesquisador disse ainda que a “segurança do profissional de jornalismo em coberturas de risco” é um tema sempre presente na agenda Unesco. Canela foi um dos palestrantes da seminário A Mídia do Século 21: Novas Fronteiras, Novas Barreiras, que ocorreu no Instituto Rio Branco, em Brasília.
Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário