Marcha da Maconha começou com cerca de 500 participantes na orla da Zona Sul do Rio, segundo a polícia, na tarde deste sábado (7). Entre os participantes estava o líder do grupo Detonautas, Tico Santa Cruz.
Manifestantes, na grande maioria jovens, pedem a legalização da droga e percorrem do Leblon ao Arpoador, ocupando meia pista das avenidas Delfim Moreira e Vieira Souto. O movimento acontece também em outras duas capitais: Belo Horizonte e Vitória.
De acordo com um dos organizadores do evento, Renato Cinco, a expectativa é de reunir o mesmo número de participantes da marcha do ano passado: quatro mil pessoas. Cinco disse o movimento que começa neste sábado em três capitais já atingiu 19 cidades no Brasil, que promoverão outros movimentos até o junho.
"Nosso objetivo é despertar a população para o debate sobre a questão da legalização da maconha. Somos totalmente a favor da liberação para todo os fins: medicinais, industriais, religiosos. A semente da maconha é rica em ômega 6 e ômega 3 e não tem a substância THC tão nociva a saúde", defendeu Cinco, que pelo terceiro ano consecutivo consegue realizar a marcha no Rio graças a um habeas corpus.
A estudante Mariana de Almeida disse que a liberação vai deixar de criminalizar muitos jovens usuários, que por causa da proibição, se veem obrigados a viver na clandestinidade.
"A liberação acabaria com o tráfico e, consequentemente, com a violência", disse a jovem.
Acompanhados pela banda Planta na Mente, os manifestantes saíram pela orla, pacificamente entoando palavras de ordem como "Ei, polícia, maconha é uma delícia" ou ainda parodiando marchinhas de carnaval, como "Ô abre alas, que eu quero fumar, sou maconheiro não posso negar, Planta na Mente é quem vai falar".
O líder da banda Detonautas, Tico Santa Cruz, que pela primeira vez tem a oportunidade de participar da marcha no Rio, contou que já coloborou nas outras edições permitindo que sua imagem fosse usada em máscaras pelos manifestantes.
"Como artista tenho o papel de levar esse debate adiante. Acho uma hipocrisia uma sociedade tabagista e alcoólatra condenar o uso da maconha. Para mim, que é contra a legalização é a favor do tráfico de drogas", disse o músico.
G1
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