O Governo Federal aumentou em R$ 20 mil os recursos do Programa do Leite nos últimos dois anos também com objetivo de ampliar a participação de pequenos produtores. E fez isso através de convênios, por meio do Ministério do Desenvolvimento Solidário e Combate à Fome (MDS).
Além de ser importante no combate à fome e à desnutrição, fornecendo através do leite pasteurizado tipo “c” nutrientes importantes para a dieta de crianças, idosos e enfermos; a iniciativa – criada nos anos 80 – movimenta atualmente cerca de R$ 6 milhões. Cada uma das 155 mil famílias beneficiárias, em todos os municípios potiguares, recebem um litro do alimento (bovino ou caprino) por dia.
A produção do leite é um importante setor da economia do Rio Grande do Norte, na opinião o titular da Secretaria do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social (Sethas), Gercino Saraiva. Por esta razão, ele defende que a atividade seja considerada um “arranjo produtivo”, que merece apoio e estímulo para a sua evolução.
“Podemos dizer que este setor é constituído por diversos agentes; desde o pequeno produtor do campo, o funcionário de uma usina de produção de leite, aos empresários, que com o exercício do seu trabalho produzem riquezas para o nosso Estado, gerando também empregos”, disse.
Foto: Arquivo Nominuto
Gercino Saraiva, titular da Sethas.
A Emater (Instituto de Assistência Técnica e Expansão Rural) é o órgão responsável por promover esse trabalho de inclusão dos pequenos produtores no setor, incluindo o financiamento de tanques de refrigeração, de acordo com Gercino Saraiva.
“Essa parceria com a Emater vem se construindo ao longo dos últimos meses, enquanto a Sethas é responsável em melhorar o sistema de supervisão e monitoramento da área de distribuição do produto”.
A distribuição é operacionalizada pela da Coordenação Social da secretaria estadual, em um sistema de distribuição com 850 profissionais e voluntários em todo o RN. As comissões municipais realizam a distribuição, obrigatoriamente em prédios públicos, como forma de evitar a corrupção no sistema de entrega.
“Os postos de distribuição são expressivamente em prédios públicos e não mais em casas de políticos ou pessoas cooptadas a lideranças. Ainda hoje nós temos que lutar contra essa tendência. Também havia problema de a distribuição ser feita em lugares inapropriados, muitas vezes com insetos”, disse o secretário.
Outro avanço foi a distribuição de cartões para os beneficiários, para melhor controle e acompanhamento dos cadastros, que são supervisionados permanentemente por uma equipe de técnicos da secretaria.
Isabela Santos
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