Durante mais de uma hora, o pré-candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, discursou para uma plateia de milhares de militantes em um encontro em Brasília, que reuniu também os partidos Democratas e PPS. Serra criticou a polarização e disse que quer ser " o presidente da união”.
“Ninguém deve esperar, do nosso governo, estados do Norte contra estados do Sul, cidades grandes contra cidades pequenas, urbano contra rural, o comércio contra a indústria, azuis contra vermelhos”, declarou.
Várias vezes durante sua fala, Serra destacou uma frase que deverá ser o slogan de sua campanha: “O Brasil pode mais”. Ele começou o discurso citando todas as conquistas do país nos últimos 25 anos, como a diminuição da miséria, o fortalecimento da democracia e a ampliação do acesso à escola. Mas ressaltou que todos esses ganhos não são de “um só governo, homem ou partido”, mas de uma construção coletiva.
“Um governo precisa servir ao povo e não a partidos políticos e corporações que não representam o interesse público”, criticou. O pré-candidato disse que sempre trabalhou “visando ao bem comum”. E defendeu: "Vamos governar com todos e todas”.
Serra lembrou de suas principais ações como ministro da Saúde do governo Fernando Henrique Cardoso, sua atuação na época da Constituinte e do período em que viveu exilado no Chile. Também contou a história de seu pai, um comerciante de frutas, que segundo ele, lhe ensinou a importância do trabalho.
Serra defendeu maior protagonismo do governo federal na segurança pública, que deveria “coordenar esforços nacionalmente para vencer a guerra contra o crime”. O tucano disse também que o governo investe pouco em infraestrutura e precisa de uma política comercial internacional “mais agressiva”.
Sobre a campanha, Serra disse que será uma caminhada longa e difícil, mas que “as provocações serão respondidas com serenidade. Quanto mais mentiras os adversários disserem sobre nós, mais verdades nós diremos sobre eles”, afirmou.
Participaram do evento lideranças do PSDB, como o presidente do partido, Sérgio Guerra, o ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Também discursaram os presidentes do PPS, Roberto Freire, e do Democratas, Rodrigo Maia, que fecharam aliança em apoio à candidatura de Serra.
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