O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse ontem que os restos a pagar do orçamento de 2009 “deverão passar de R$ 60 bilhões”. O ministro, entretanto, ressaltou que esse não é um número fechado, apenas uma estimativa. Paulo Bernardo falou ontem à imprensa, ao deixar a reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a Junta Orçamentária. Sem citar números mais detalhados, o ministro disse que a execução do orçamento de 2009 foi melhor que a de 2008. “Os pagamentos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), por exemplo, estão 40% acima dos do ano passado”, disse o ministro.
Segundo ele, ainda este ano, serão liberados recursos adicionais para o ministério da Defesa, além do pagamento de cerca de US$ 60 milhões a US$ 70 milhões a organismos multilaterais. Bernardo não informou qual o valor que será repassado para a Defesa, mas explicou que o dinheiro será usado para o pagamento da compra de helicópteros pela Aeronáutica, além de pagamentos de manutenção e compra de combustíveis. Já os recursos a organismos multilaterais deverão ser destinados à Corporação Andina de Fomento (CAF).
Bernardo informou ainda que, em janeiro, haverá uma reunião entre ele, Lula e os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e da Casa Civil, Dilma Rousseff, para tratar de investimentos para os próximos anos, o que no governo vem sendo chamado de PAC 2.
O ministro reconheceu que o orçamento de 2010 só deverá ser sancionado em janeiro, uma vez que o texto ainda não foi enviado do Congresso para a presidência da República. Ele evitou fazer comentários sobre a discussão do líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), e o relator da proposta orçamentária, deputado Geraldo Magela (PT-DF).
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