O índice de reajuste no preço dos medicamentos pode chegar a até 12,5% neste ano, valor acima da inflação, segundo estimativas da indústria farmacêutica. O percentual oficial de reajuste máximo permitido deve ser divulgado pela Cmed (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) em 31 de março. A previsão do setor, no entanto, é que haja pouca variação em relação à estimativa divulgada nesta quarta-feira (9).
O índice foi calculado com base nos critérios que, junto com o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), compõem o cálculo adotado pelo governo para fixar o reajuste máximo do preço dos remédios.
Para a Interfarma, que divulgou a estimativa, a perspectiva é que esse valor seja alterado apenas se houver uma mudança nos critérios utilizados pelo Ministério da Saúde para o cálculo. Pesam nessa conta fatores como a produtividade da indústria, a concorrência no setor farmacêutico e o custo dos insumos. “As oscilações do câmbio e o aumento expressivo da energia elétrica tiveram grande influência na mudança”, diz a Interfarma, em nota.
Diferentemente do ano anterior, a indústria diz que a anulação dos fatores de produtividade e concorrência devem fazer com que haja apenas um índice de reajuste máximo permitido para todas as categorias de medicamentos. Em 2015, os índices foram de 5%, 6,35% e 7,7%.
Ao todo, 19 mil produtos estão sujeitos ao novo reajuste. O aumento, no entanto, não deve chegar imediatamente às farmácias. Segundo a indústria, a previsão é que as primeiras variações de preço ocorram daqui a três meses, com a reposição dos estoques. Indústria e varejo também podem optar por praticar um reajuste menor do que o permitido, principalmente nos casos de produtos de maior concorrência no setor e mais procurados pelos pacientes.
OUTRO LADO
Em nota, o Ministério da Saúde diz que o ajuste anual médio do preço máximo dos medicamentos ainda não está definido e deve ser divulgado até o dia 31 de março.
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