Com a proliferação do Aedes agypti, além dos problemas causados à saúde humana, surgiu também uma outra preocupação entre os donos de animais domésticos: a possibilidade do mosquito transmissor da dengue, vírus zika e febre chikungunya também ser capaz de infectar cachorros e gatos com a doença dirofilariose, popularmente conhecida como “verme do coração”.
Recentemente, algumas notícias foram propagadas em sites e blogs afirmando que o risco existia. No entanto, o chefe de Controle de Zoonoses de Natal, Alessandre Medeiros, esclarece que não há qualquer comprovação científica.
“Na verdade não pode, acharam a presença da dirofilariose no Aedes aegypti, mas isso não quer dizer que tenha a capacidade de transmissão. Não há comprovação”, explicou Medeiros.
Alessandre comenta ainda que mesmo que o Aedes aegypti pudesse ser o transmissor, seria necessário picar um animal infectado. Probabilidade praticamente descartada pelo chefe de Controle de Zoonoses. “O mosquito teria que picar um animal doente e não há registro de casos em Natal”, enfatizou.
A doença que pode atingir cães e gatos é transmitida por outro mosquito. “O vetor da dirofilariose é o Culex, a famosa muriçoca, que faz o barulhinho”, disse. Contudo, como já dito anteriormente, o contágio só ocorre caso o inseto tenha picado um animal já infectado. “É importante esclarecer que não existe animal doente em Natal”, reforçou.
Sobre a dirofilariose
A dirofilariose, também conhecida como “verme do coração”, é uma doença cardiopulmonar fatal para os cães e gatos, com maior incidência entre os canídeos.
É causada pelo Dirofilaria immitis, um parasita que se aloja no coração e artérias pulmonares de animais picados por mosquitos transmissores infectados.
Entre os principais sintomas da doença estão a falta de ar, cansaço, tosse e inchaço da barriga e das patas. No minuto - Flávio Oliveira
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