O
maracujá pode combater a ansiedade e a depressão. A conclusão é da pesquisa da
doutoranda Adriana Soeiro de Farias Silva Junqueira Ayres, do Programa de
Pós-graduação em Desenvolvimento e Inovação Tecnológica em Medicamentos da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Orientada pela professora Elaine Cristina Gavioli, do
Centro de Biociências da UFRN, o estudo avaliou o extrato da folha do maracujá.
A doutoranda Adriana Ayres explica que muitas espécies de plantas têm atividade
sobre o sistema nervoso central e são usadas para tratar doenças. Dentre as
plantas medicinais, destaca-se o maracujá, que faz parte do gênero Passiflora
cujas espécies têm sido empregadas pela medicina, devido a sua atividade
sedativa e tranquilizadora.
“O maracujá tem sido popularmente usado no tratamento de
ansiedade, insônia, asma, bronquite e infecção do trato urinário. Além de ser
também usado tradicionalmente como analgésico, antiespasmódico e para o
tratamento de febres intermitentes e de doenças inflamatórias”, conta a
pesquisadora.
Na análise, o extrato da folha do maracujá foi inserido
por vias orais em roedores. “Em nossa pesquisa, o extrato aquoso do maracujá
promoveu ações antidepressivas. Esses resultados são promissores e apóiam uma
ação inovadora, biológica induzida por variedades desse fruto para os futuros
estudos”, ressalta Adriana Soeiro.
A pesquisadora analisou os efeitos centrais do extrato
aquoso das folhas de espécies de maracujá, em testes comportamentais utilizados
para avaliar ansiedade, depressão, sedação e atividade locomotora.
Foi investigado também o efeito antidepressivo do extrato
bruto da Passiflora edulis var flavicarpa e do extrato bruto e das subfrações
da Passiflora edulis var edulis(espécies de maracujá) em camundongos.
Os resultados demonstram que ambos os extratos
compartilham atividades do tipo ansiolítica e antidepressiva. “É comprovado que
o maracujá pode ser usado como um fitoterápico para a ansiedade e a depressão”,
avalia Adriana Soeiro.
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