O Ministério da Educação (MEC) divulgou ontem
(16) a proposta da Base Nacional Comum Curricular (BNC), que deverá nortear o
ensino básico no país. Entre os dias 25 de setembro e 15 de dezembro a pasta
receberá contribuições individuais e de entidades do setor pelo portal da
BNC para a construção do documento final, que deverá ser entregue até
abril ao Conselho Nacional de Educação.
“[A proposta] é uma
base de discussão para determinar o que cada aluno deve saber. Para saber, por
exemplo, o que se deve aprender de matemática em cada ano, como e quando se
deve aprender equações de segundo grau, como deve ser o desenvolvimento da
biologia”, explicou o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro.
Segundo o documento
preliminar, a BNC terá 60% dos conteúdos a serem aprendidos na educação básica
do ensino público e do privado, e os 40% restantes serão determinados
regionalmente, com abordagem que valorize peculiaridades locais e também que
considere escolhas de cada sistema educacional sobre as experiências e
conhecimentos a serem oferecidos aos estudantes ao longo do processo de
escolarização.
De acordo com Janine, no documento final, o percentual poderá ser alterado de
acordo com cada disciplina. “[A BNC] iguala as oportunidades e vai fazer com
que cada região seja emponderada”, enfatizou o ministro.
A construção de uma
base nacional comum de ensino está prevista no Plano Nacional de Educação,
sancionado em 2014. O documento reúne direitos e objetivos de aprendizagem
relacionados a quatro áreas do conhecimento — ciências da natureza, ciências
humanas, linguagens e matemática — e seus respectivos componentes curriculares
para todas as etapas da educação básica.
Segundo o secretário
de Ensino Fundamental, Manuel Palácios, a proposta traz um conjunto de temas
integradores, como sustentabilidade, tecnologia, educação financeira, questões
dos direitos humanos, além de incluir a diversidade de gênero, que poderá estar
presentes em mais de uma área de conhecimento.AGB
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