Ichiro Guerra/ABR |
Em esforço para tentar garantir a governabilidade de uma gestão abalada
pelas crises política e econômica, baixos índices de aprovação e ameaça de
impeachment, a presidente Dilma Rousseff convocou ontem os governadores de todo
o País para ajudá-la a desarmar uma série de bombas fiscais que aumentam os
gastos públicos federais e provocam efeito cascata nos estados. Em reunião no
Palácio da Alvorada, que durou mais de três horas, a presidente fez uma
mea-culpa em relação à crise, avisou que sabe “suportar pressão e até
injustiças”, fez uma defesa enfática da democracia e destacou que tem
“humildade” para receber críticas. Durante seu discurso de mais de meia hora,
Dilma usou 27 vezes a palavra cooperar ou falou em cooperação. “Essa é
uma reunião que tem um papel muito importante nos destinos e na condução dos
caminhos do Brasil. Eu acredito que nós temos um grande patrimônio em comum,
expresso no fato de todos nós termos sido eleitos num processo democrático
bastante amplo no nosso país. E todos nós temos, então, esse dever em relação à
democracia, ao voto democrático e popular”. Com esta fala, a presidente Dilma
mandou um recado a setores da oposição que se mobilizam para afastá-la do
cargo, ainda que sem fazer referência explícita ao impeachment ou pedir apoio
político diretamente ao seu governo.
Ao fazer um balanço da conjuntura
econômica, a presidente reconheceu que “sabe que o nosso povo está sofrendo” e
“muita coisa tem de melhorar”. Em apelo direto aos governadores, em busca de
uma saída para a crise, a presidente fez questão de mostrar que estados e União
estão no mesmo barco e precisam se ajudar mutuamente para vencer as
adversidades. “Eu não nego as dificuldades, mas eu afirmo que nós todos aqui, e
o governo federal em particular, tem condições de superar essas dificuldades de
enfrentar os desafios e, num prazo bem mais curto do que alguns pensam, voltar
a ter, assistir à retomada do crescimento da economia brasileira”, declarou
ela, acrescentando que “não podemos nos dar ao luxo de ignorar a realidade”.
Dilma sinalizou que 2015 será uma espécie de ano perdido ao fazer todas as projeções de melhoria econômica apenas para 2016 e dizer que este é um ano de “travessia”. Avisou, no entanto, que não lhe falta “energia e determinação” para superar os problemas. Em seguida, a presidente voltou a defender a necessidade de integração entre governos estaduais e federal. “Nós devemos cooperar cada vez mais, independentemente das nossas afinidades políticas. A cooperação federativa é uma exigência constitucional, é uma exigência da forma como nós organizamos o Estado e a sociedade brasileira. Nós também devemos respeitar a democracia e devemos somar forças e trabalhar para melhor atender a população”, disse Dilma, lembrando que essa cooperação tem de ser feita,”independentemente da nossa afinidade política”. Em seguida, a presidente apelou: “eu conto com vocês. Agora quero dizer, assim, do fundo do coração: vocês podem contar comigo. Vocês podem contar comigo”.
Dilma sinalizou que 2015 será uma espécie de ano perdido ao fazer todas as projeções de melhoria econômica apenas para 2016 e dizer que este é um ano de “travessia”. Avisou, no entanto, que não lhe falta “energia e determinação” para superar os problemas. Em seguida, a presidente voltou a defender a necessidade de integração entre governos estaduais e federal. “Nós devemos cooperar cada vez mais, independentemente das nossas afinidades políticas. A cooperação federativa é uma exigência constitucional, é uma exigência da forma como nós organizamos o Estado e a sociedade brasileira. Nós também devemos respeitar a democracia e devemos somar forças e trabalhar para melhor atender a população”, disse Dilma, lembrando que essa cooperação tem de ser feita,”independentemente da nossa afinidade política”. Em seguida, a presidente apelou: “eu conto com vocês. Agora quero dizer, assim, do fundo do coração: vocês podem contar comigo. Vocês podem contar comigo”.
Para mostrar que está atenta aos reclames da ruas, a presidente fez
questão de dizer que “tem ouvido e coração abertos” e reconheceu que as queixas
existem porque “esse novo Brasil que cresceu, e se desenvolveu e que não se
acomoda”. Pouco antes, a presidente lembrou que a situação do País hoje é
diferente e menos favorável do que na época da campanha e de quando todos
assumiram os governos. Ressalvou, no entanto, que “a economia hoje é bem mais
forte, mais sólida e mais resiliente” de quando se enfrentou outras crises.ABR
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