O Globo – Imprevisíveis por natureza e irônicos em
determinadas ocasiões são os caminhos do futebol. Reservado para ser o
palco da redenção do futebol brasileiro, 64 anos depois da derrota em
50, o Maracanã recebe neste domingo, às 16h, sua segunda final de Copa
do Mundo, tendo o Brasil como espectador.
No duelo entre Alemanha e Argentina, o país terá de escolher entre o
time que humilhou os pentacampeões mundiais com os 7 a 1 da semifinal,
no Mineirão, ou os rivais sul-americanos. A terceira decisão entre
alemães e argentinos — uma repetição inédita em Mundiais — opõe duas
seleções que chegaram até aqui por diferentes vias e em realidades
absolutamente opostas.
Em busca do tetracampeonato, a Alemanha representa a consagração do
jogo coletivo, do trabalho planejado de renovação do seu futebol e de um
padrão de excelência: de 18 participações, foram 13 semifinais — as
quatro últimas em sequência — e o recorde de oito decisões.
A bicampeã Argentina, que não passava das quartas desde 1990, na
Itália, quando foi vice-campeã justamente diante da Alemanha, faz seus
torcedores sonharem com a repetição de 1986, no México. Na ocasião, o pé
esquerdo de Diego Maradona, gênio solitário de uma equipe mediana,
derrotou os alemães. A esperança, agora, se chama Lionel Messi. Um gênio
capaz de aniquilar diferenças.
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