Dos 955 milhões de usuários do Facebook - considerando os perfis
falsos ou duplicados - estima-se que 5,6 milhões sejam crianças ou
pré-adolescentes abaixo dos 13 anos de idade. O levantamento é da
própria rede social, que garante proibir a participação de jovens nessa
faixa etária.
Sites como o Facebook costumam restringir o acesso de pessoas com 12
anos de idade ou menos. Isso porque o Ato de Proteção à Privacidade
Online de Crianças (COPPA, na sigla em inglês) determina que seja
dispensado um tratamento especial para crianças - como não utilizar seus
dados para publicidade direcionada e proteger mais a privacidade. Além
disso, os pais deveriam emitir uma autorização expressa permitindo a
participação dos filhos.
As informações foram divulgadas de forma tímida e à revelia do
Facebook, porque a Federal Trade Comission (FTC) está apertando o cerco
para restringir cada vez mais a participação de crianças em redes
sociais e em sites que têm um público-alvo infantil.
De acordo com um estudo da June Consumer Reports, o Facebook exclui,
todos os anos, 800 mil contas com esse perfil, embora isso não seja
muito bem detalhado nos documentos entregues à FTC. Um dos motivos de
existirem muitos perfis de crianças na rede, aponta o estudo, é que os
próprios pais ajudam a criar as contas.
O porta-voz global da empresa, Frederic Wolens, disse à Reuters, por
e-mail, que o Facebook está "comprometido a melhorar proteções para
todos os jovens online".
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