A Caixa Econômica Federal está com estudos avançados, “já com expectativa de lançamento marcado para março de 2012”, da venda da Mega Sena pela internet, disse hoje (5) à Agência Brasil o vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa, Fábio Ferreira Cleto.
Atualmente, a venda online da Mega Sena é feita apenas para os correntistas da instituição. A ideia, segundo Cleto, é abrir no portal da Caixa a possibilidade de os cidadãos de todo o país fazerem suas apostas. “O apostador vai poder entrar no site da Caixa e lá fazer as apostas. Vai conseguir imprimir e ter lá registrados todos os seus boletos de aposta”. Lembrou que hoje, para a população em geral, as apostas só podem ser feitas fisicamente, nas casas lotéricas.
Para tornar viável a aposta pela internet, segundo Cleto, está em desenvolvimento um sistema que viabilizará o pagamento da aposta. “Uma carteira eletrônica vai ser criada, a partir da qual você pode creditar dinheiro lá e, em cima disso, fazer o débito para pagar suas apostas. A expectativa nossa é anunciar isso em março de 2012”, disse.
Ele declarou ainda que o objetivo da Caixa é dar para o apostador um maior nível de comodidade e praticidade “para que aqueles que tenham acesso à rede mundial de computadores possam fazer suas apostas”. A iniciativa faz parte da estratégia da Caixa de ampliar os canais de venda, no sentido de facilitar a vida do apostador, “dando para ele toda essa acessibilidade que a internet permite”.
Cleto participou, no Rio de Janeiro, do 13º Congresso da Corporação Ibero-Americana de Loterias e Apostas de Estado (Cibelae). O evento prossegue até amanhã (6). A Cibelae conta com 22 membros votantes, entre os países latino-americanos e da Península Ibérica.
Durante o evento, a Caixa Econômica Federal foi eleita para a presidência da Cibelae. A instituição será representada pelo vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da instituição. Ele disse que a instituição está buscando trazer para o país os melhores procedimentos adotados no mundo em todas as fases da loteria.
Segundo Cleto, essa certificação garantirá maior transparência e confiabilidade ao sistema de loterias do Brasil. As melhores práticas dizem respeito não só à coleta e ao registro das apostas, mas envolvem até a consolidação dos números, a realização dos sorteios e o pagamento do prêmio, bem como o combate à ludopatia, que é o vício do jogo.
Ele disse que a ideia é trabalhar com transparência e procurar “entender as melhores práticas aplicadas ao mercado de loterias, principalmente estatais, que têm o mesmo perfil do nosso, ou seja, privilegiam a destinação dos recursos para causas sociais, no sentido de pegar os critérios de certificação adotados fora e trazer isso para o Brasil”.
A Caixa está buscando a certificação na Cibelae e na Associação Mundial de Loterias (WLA, sigla em inglês). Em média, 50% da arrecadação com as apostas das loterias da instituição são aplicados anualmente em 16 fontes de destinação, que priorizam as áreas de assistência social, saúde e educação, além de esporte. A instituição também patrocina integralmente as atividades do esporte paraolímpico brasileiro. Por meio do Fundo Penitenciário, a Caixa apoia a construção de presídios e a manutenção de sua infraestrutura.
No ano passado, as loterias da Caixa arrecadaram R$ 8,8 bilhões em apostas. O valor foi o maior da história das loterias brasileiras e mostrou avanço de 19,8% em relação ao volume apurado em 2009. Para 2011, a meta, conforme estimou Cleto, é atingir R$ 10,2 bilhões em arrecadação, “ou seja, um aumento de mais de 10% sobre o ano passado”. De janeiro a agosto deste ano, o setor de loterias da Caixa já arrecadou R$ 6,82 bilhões, o que corresponde a um crescimento de 18,6% em relação ao mesmo período de 2010.
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