Os candidatos à Presidência da República José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) travaram mais uma disputa em torno da economia brasileira durante o horário eleitoral na TV desta quinta-feira (16). Serra falou em um salário mínimo maior do que o de Dilma, e esta mostrou que a atual “economia brasileira está bombando” e assegurou reajustar o mínimo acima da inflação.
Confira as propostas do horário eleitoral na TV - quinta-feira noite (16):
A campanha do candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, José Serra, prometeu elevar o salário mínimo para R$ 600 a partir de 2011. Em seguida, a campanha do tucano fez a comparação: “hoje o mínimo da Dilma é de R$ 510. O de Serra em São Paulo já está em R$ 580”. Isso porque o candidato, que era governador, criou um piso estadual mínimo. “Eu sou economista, foi ministro, sei fazer conta”, disse Serra, garantindo o aumento.
Na TV, o tucano foi apresentado como o que tem mais “credibilidade” e “legitimidade” para ser presidente do Brasil. No filmete, foi apresentada a biografia de Serra e as ações desenvolvidas por ele enquanto deputado, senador, prefeito, governador de São Paulo e ministro do governo Fernando Henrique Cardoso (FHC).
Na propaganda, são exibidas fotos de Serra no Japão, na Índia e na Noruega, passando a ideia de um político com experiência internacional. Em seguida, o candidato prometeu criar 400 Km de metrô, o Protec e urbanizar favelas.
A propaganda mostrou denúncia, do jornal Folha de São Paulo, de que o filho da ministra Erenice Guerra pediu 5% de comissão para aprovar financiamento para empresa. Segundo notícia do jornal, a empresa recebeu a proposta de doar R$ 5 milhões para a eleição de Dilma. O locutor da campanha tucana afirmou: “Dilma e Erenice, juntas desde 2003. As duas entraram no lugar de Zé Dirceu. Agora, Zé Dirceu prepara a sua volta”.
A candidata do PT à sucessão presidencial, Dilma Rousseff, falou sobre o “novo Brasil”, onde a “economia brasileira está bombando”. A candidata apresentou as ações do governo Lula (PT) na geração de empregos e distribuição de renda e fez o comparativo da gestão de Lula com a de FHC.
“O governo passado precisou de oito anos para gerar 5 milhões de emprego. O governo de Lula e Dilma precisou de apenas sete anos e meio para gerar 14 milhões”, disse o locutor da campanha petista.
Dilma falou de um Brasil de “economia sólida” e “população mais tranquila em relação ao dia de amanhã”. A petista apresentou a força do Brasil diante da crise internacional e assumiu o compromisso de manter a inflação sob controle, reduzir impostos e reajustar o salário mínimo acima da inflação.
A campanha da candidata de Lula apresentou as obras dos programas "Luz para Todos", "Minha Casa, Minha Vida" e do "Programa de Aceleração do Crescimento" (PAC). Dilma disse que é possível ver obras e empregos em todo território, como exemplo, citou as hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, na Região Norte do país. “Região que estava esquecida [no governo FHC]”, criticou Dilma.
A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, falou sobre as riquezas naturais do Brasil e a necessidade de uma economia sustentável. A campanha da pevista convocou a juventude para um debate no segundo turno.
O locutor anunciou: “Marina Silva cresce na pesquisa Datafolha e dá o primeiro passo para o segundo turno. Vamos fazer uma decisão histórica com duas mulheres disputando a presidência”
Por Túlio Duarte/DJ Aildo
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