Dos atuais 24 deputados estaduais, pelo menos, cinco deles não voltam para a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte em 2011, independente do resultado das eleições deste ano. Isso representa uma renovação de 20,8% dos nomes que hoje ocupam o Poder Legislativo estadual.
Se essa porcentagem vai ser maior ou não, só saberemos em 3 de outubro, dia das eleições, uma vez que os outros 19 deputados são candidatos à reeleição e, portanto, têm chances de regressar ao cargo que ocupam.
Entre os que vão deixar o Palácio José Augusto estão Robinson Faria (PMN), Álvaro Dias (PDT), Paulo Davim (PV), Wober Junior (PPS) e Lavoisier Maia (PSB). Os quatro primeiros vão disputar cargos eletivos.
Os deputados Robinson Faria e Álvaro Dias são candidatos ao cargo de vice-governador em chapas adversárias. O primeiro integra a coligação “A Força da União” (DEM, PSDB, PMN, PSC, PSL e PTN), que tem a senadora Rosalba Ciarlini (DEM) como candidata a governadora.
Já o segundo compõem a coligação “Coragem pra Mudar” (PDT, PCdoB e PRP), que tem o ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PDT) como postulante ao Governo do Estado. Apenas um dos dois deputados sairá vitorioso ou ambos serão derrotados.
Paulo Davim e Wober Junior sonham com o Congresso Nacional. O pevista travou uma disputa interna e saiu vitorioso ao ser indicado pelo PV para ocupar a primeira suplência do senador Garibaldi Alves Filho (PMDB), candidato à reeleição.
Enquanto que o militante do Partido Popular Socialista decidiu que era chegada a hora de colocar em prática um projeto antigo. Com o apoio da Executiva Nacional da legenda, Wober lançou candidatura para deputado federal, após ter exercido mandatos de vereador e deputado estadual.
Por fim, Lavoisier Maia resolveu não disputar cargos eletivos, mas o peessebista continua na política. Lavoisier tratou logo de transferir suas bases eleitorais para o filho, Lauro Maia, e está em plena campanha pela eleição do herdeiro político.
Se tivéssemos contando com o deputado licenciado Arlindo Dantas (PHS), essa renovação de 20,8% podia chegar aos 25%, já que ele está como secretário e não é candidato.
Mas estamos considerando para efeito de cálculo apenas os atuais parlamentares. No caso, o suplente de Arlindo, deputado Salismar Correia (PHS), concorre a uma vaga neste pleito eleitoral, logo, tem chance de regressar à Casa
Se considerarmos o comparativo entre as duas últimas eleições para deputado estadual, a expectativa é de que a ‘renovação de nomes’ nas eleições de 2010 seja superior aos 20,8%.
Em 2006, a Assembleia Legislativa teve uma renovação de 41,6% em relação a 2002, ou seja, 10 novos nomes passaram a ocupar o plenário Clovis Motta, conforme é possível observar nos links abaixo (selecionar RN - deputado estadual - eleito e eleito por média - todos os partidos - 1º turno):
Podemos verificar que os novos nomes de 2006 foram Micarla de Sousa, que ao assumir a Prefeitura de Natal passou o cargo para Paulo Davim, e Gilson Moura (ambos PV); Leonardo Nogueira (antigo PFL, hoje DEM); Walter Alves e Poti Júnior (ambos PMDB); Lavoisier Maia e Gustavo Carvalho (que são do PSB); Arlindo Dantas (PHS); Antônio Jácome (PMN); Álvaro Dias (PDT).
Ficaram de fora do Poder Legislativo do Estado Paulo Davim (que em 2002 se elegeu pelo PT), Francisco José Lima, Alexandre Cavalcanti Neto, Joacy Pascoal, Nelson Hermogenes de Medeiros, Vidalvo da Costa (todos PPB, que mudou para PP), Vivaldo Costa (na época filiado ao PL, hoje está PR), Ruth Ciarlini (PFL/ DEM), Elias Fernandes (PMDB), Paulo Freire (na época filiado ao PSB, hoje está no PP).
Atual divisão da Assembleia Legislativa por partidos:
- PMN – 5 deputados
- PMDB – 4 deputados
- PSB – 4 deputados
- DEM – 3 deputados
- PV – 3 deputados
- PPS, PT, PTB, PDT, PHS – têm 1 deputado cada
Concorrência eleições 2010
No Rio Grande do Norte, 181 políticos solicitaram o registro de candidatura para deputado estadual. Isso dá uma média de 7,5 candidatos por vaga, num total de 24 assentos.
Segundo dados da assessoria de comunicação da Assembleia Legislativa, um parlamentar custar mais de R$ 36 mil/ mês, incluindo salário e verba de gabinete.
Por Túlio Duarte
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