Reconstrução é o termo utilizado pelo diretor do Departamento de Estradas e Rodagens do Rio Grande do Norte (DER), Caio Pascoal, para falar das obras nas estradas do Rio Grande do Norte. “Elas ficaram do mesmo jeito ou melhores do que quando foram construídas”, fala sobre a restauração dos 2.700 (dos 3.300 quilômetros de malha rodoviária pavimentada) nos últimos sete anos e meio: mais de 81%.
Reformas pontuais eram realizadas quando o órgão resolveu criar programas a fim de solucionar o grave problema da falta de infraestrutura nas estradas. As obras foram divididas em três etapas, orçadas em R$ 260 milhões, incluindo o que será feito até o final do ano.
O primeiro programa foi executado entre 2005 e 2007, contemplando 1.190 quilômetros, com um investimento de 119 milhões. As áreas contempladas foram os principais eixos rodoviários. Estradas como a que liga Macau a Assu e Caicó a Acari foram incluídas.
O segundo programa, de acordo com Caio Pascoal, contemplou eixos secundários entre 2007 e 2009. Exatos 702 quilômetros foram reconstruídos, em uma obra que custou aos cofres públicos R$ 54 milhões.
Por fim, o terceiro programa, iniciado em 2010, está reconstruindo 39 trechos de estradas, beneficiando 51 municípios. O exemplo está a RN-063, em Riacho de Santana; a RN-084, que passa pela cidade de Timbaúba dos Batistas e a avenida Gastão Mariz, esta última faltando apenas a sinalização.
Outro exemplo colocado pelo gestor é a RN-06, no município de Patané, concluída na tarde desta segunda-feira (2). A RN-092, que liga Santa Cruz a Japi e a RN-091, via de ligação entre Santa Cruz e São Bento também são citadas por Caio Pascoal.
“As estradas são prioridade. Algumas dessas estradas são o único acesso dessas cidades. Imagine quanta gente que mora em São Bento do Trairi viaja diariamente a Santa Cruz e outras cidades maiores da região seja para estudar, ir a um banco, um supermercado maior”, explica, ao lembrar que a conservação das estradas é um trabalho que precisa ser continuado.
“A tendência do tráfego é aumentar com o aumento da venda de veículos principalmente em Natal. Isso causa o desgaste das estradas”, alerta o diretor do DER, não poupando elogios ao que já foi realizado. “Você vai de Natal a Pau dos Ferros, em um percurso de 350 quilômetros e não encontra um buraco”.
Programa de Construção de Estradas
Além das reconstruções, o governo está investindo também na criação de novas rodovias. A intenção é fazer 402 quilômetros com R$ 342 milhões. De acordo com Caio Pascoal, quando a governadora Wilma assumiu o cargo havia apenas duas cidades sem acesso rodoviário pavimentado: Jardim de Angicos e Jundiá. Há três anos foi feita a rodovia RN-023 ligando a primeira a João Câmara e está para ser iniciada a RN-317, que vai ligar Jundiá a Espírito Santo e Brejinho.
Pontos de grande atividade econômica também serão beneficiados pelo Programa de Construção de Estradas. A RN-203/087 que vai de São Tomé a Lagoa Nova, passando por Cerro Corá, na Serra de Santana. “São Tomé está esquecida”, aponta no mapa. “É uma região muito rica, com condomínios muito bonitos. Cerro Corá realiza sempre festivais de inverno”.
Uma nova rodovia também será construída em Assu, ligando a cidade ao cruzeiro, com 4,5 quilômetros. Dotada de ciclovia e calçadão a estrada será ponto turístico religioso. De acordo com o diretor do DER, a irmã Lindalva, beatificada, nasceu na região do monte, onde há projeto para construção de monumento.
Outra boa notícia é o início das obras de uma estrada entre a praia de Pipa e Natal. Orçado em R$ 42 milhões, o novo caminho também vai contar com ciclovia e calçadão.
O prolongamento da avenida Prudente de Morais também se trata de uma construção, apesar de não pertencer ao programa. A obra, que custa R$ 28 milhões, ampliará em 4,7 quilômetros a rua Omar O’Grady formando uma nova ligação entre a capital potiguar e o Aeroporto Internacional Augusto Severo, em Parnamirim.
Isabela Santos/Dj Aildo
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